ESTADO
O candidato do Partido Novo a governador do Rio, Marcelo Trindade, defendeu nesta segunda-feira, em encontro com empresas fluminenses de tecnologia da informação, a venda ou liquidação de empresas públicas estaduais para substituir pela contratação de serviços da iniciativa privada. Segundo Trindade, com exceção de áreas sensíveis e estratégicas, as empresas privadas farão os serviços de forma mais eficiente. Ele também defendeu a contratação de seguro para empresas fornecedoras do estado para reduzir riscos e evitar sobrepreços.
Em café da manhã promovido por três entidades empresariais do setor – TI Rio, Assespro-RJ e Riosoft –, Trindade apresentou seu programa de governo, destacando o foco nas áreas de saúde, segurança, educação e supervisão de serviços públicos concedidos às empresas privadas. Questionado sobre o tratamento que daria ao Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), autarquia responsável pela gestão do setor no Governo do Estado, Trindade respondeu que sua intenção é contratar serviços privados.
“Eu acho que a gente deve vender ou liquidar essas empresas (públicas). A maior parte vai ser liquidada, porque são ativos muito ruins, tirando a Cedae e uma ou outra. Nossa visão é muito clara: tudo que uma empresa pública faz, uma empresa privada vai poder fazer de forma mais eficiente. Ela vai ser melhor gerida, ela vai custar menos para o estado. Então eu prefiro contratar serviços privados para o Estado, a fazer, produzir”, afirmou.
Trindade disse que, se eleito, vai auditar todos os contratos relevantes do Estado, sem interromper pagamentos, mas poderá cancelar os que tiverem irregularidade comprovada. Às empresas presentes, ele destacou que seu plano de governo prevê o uso intenso da tecnologia nas áreas de saúde, segurança e educação, e que seu governo vai buscar a eficiência nas compras, evitando o sobrepreço decorrente da insegurança do pagamento. “Vamos criar um seguro de performance para o fornecedor durante um período de transição, mesmo que isso aumente o custo das compras, até que o governo prove que paga em dia”, previu Trindade.