Volta Redonda reduz casos de sífilis congênita em mais de 80%

Experiência do município foi apresentada por alunas de Medicina do UniFOA e chamou atenção pela eficácia das políticas públicas de saúde

Por Tânia Cruz
volta redonda reduz casos de sífilis congênita em mais de 80% divulgação secom

VOLTA REDONDA
Volta Redonda tem se destacado no cenário nacional pelos avanços expressivos no combate à sífilis congênita. De 2018 a 2023, o município reduziu em 83% o número de casos da doença, uma conquista atribuída à atuação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com foco na ampliação da cobertura do pré-natal, testagem precoce e tratamento gratuito pelo SUS.
Em 2024, foram registrados apenas cinco casos da doença na cidade, número significativamente menor em relação aos anos anteriores: 13 em 2023, 27 em 2022 e 22 em 2021. No total, entre 2018 e 2023, foram contabilizados 217 casos, sem registro de óbitos.
Esse desempenho foi destaque no 23º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica, um dos maiores eventos científicos da área, com a apresentação de um estudo conduzido pelas alunas de Medicina do Centro Universitário de Volta redonda (UniFOA), Luana Maragoni Alves de Almeida Cassimiro e Bianca Mattos de Azevedo Nascimento. A pesquisa foi orientada pela médica Thais Junqueira Ferraz Villela, coordenadora da Pediatria do Hospital São João Batista e preceptora do internato médico do UniFOA.
Enquanto Volta Redonda conseguiu conter o avanço da sífilis congênita, o cenário nacional continua preocupante: entre 2018 e 2024, o Brasil registrou 166.474 casos da doença. Apenas em 2024, já foram notificados 12.177 novos casos. A Região Sudeste, onde está localizada Volta Redonda, lidera os números, com 72.476 casos no período.
ACESSO UNIVERSAL E FACILITADO
A médica Thais Villela destacou que o sucesso da cidade está ligado ao acesso universal e facilitado ao pré-natal de qualidade. “Todas as gestantes atendidas na maternidade do Hospital São João Batista realizam testes rápidos para sífilis, HIV e hepatites. Em casos positivos, o tratamento é iniciado de forma imediata, inclusive nos recém-nascidos, quando necessário”, explicou.
Segundo o diretor-geral do hospital e vice-prefeito de Volta Redonda, Sebastião Faria, o estudo apresentado no congresso é uma prova concreta da importância das políticas públicas bem estruturadas aliadas à formação médica de excelência. “A presença das alunas no congresso reforça como o ensino voltado à prática pode gerar impactos reais na saúde pública. É motivo de orgulho ver nossos futuros profissionais contribuindo com soluções relevantes para o país. Com investimentos contínuos em educação em saúde, prevenção e ampliação do acesso aos serviços, Volta Redonda se consolida como referência nacional no enfrentamento à sífilis congênita”, concluiu.

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