A greve de ônibus que começou na manhã de ontem no Rio de Janeiro paralisou cinco empresas, com a adesão de cerca de 4,5 mil funcionários, divulgou o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraurb Rio). Segundo o Sindicato, o movimento vai ser gradual e permitirá a circulação de 20% a 30% da frota. Os rodoviários pedem 10% de reajuste salarial após dois anos com os salários congelados. Segundo o sindicato, as empresas ofereceram 4%, sendo 2% em junho e 2% em novembro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se encontrou na manhã de ontem com o Sintraurb, a Rio Ônibus e representantes da administração municipal. Na última sexta-feira (8), o prefeito fez um apelo para que a negociação ocorresse sem greve e lembrou que o último aumento nas passagens de ônibus anunciado pela prefeitura permitirá que o serviço de ônibus melhore. A prefeitura usou o Centro de Operações Rio para recomendar que os cariocas usem os trens, o metrô, o VLT e as barcas.
Em nota, o consórcio que opera os ônibus articulados do BRT disse que nove veículos foram apedrejados nesta segunda-feira. No momento, todos os corredores estão funcionando, mas os intervalos continuam irregulares e estão em processo de normalização, segundo o consórcio.
A operação no corredor Transolímpica chegou a ser interrompida nesta manhã. Segundo o BRT, a decisão foi tomada por causa da ação de rodoviários e para garantir a segurança de passageiros e funcionários.
O presidente do sindicato afirmou que em qualquer movimento existem pessoas mais exaltadas e até infiltradas para criar tumultos, mas que esses incidentes não são orientação do sindicato nem a finalidade do movimento.
Em nota divulgada na manhã de ontem, a Secretaria Municipal de Transporte (SMTR) disse que não mantém relação com as empresas de ônibus individualmente e sim com os consórcios, que têm obrigação contratual de manter os serviços de forma regular e satisfatória, sem causar prejuízo aos passageiros, em caso de paralisação, greves ou fechamento.