>
a voz da cidade

Economistas garantem que não existe milagre para quitar as contas de início de ano

Para alcançar a conquista, a pessoa deve controlar seus recebimentos e gastos diários

Por Tânia Cruz
64 economia economistas garantem que não existe milagre para quitar as contas de início de ano iam martins
728x90 parque

SUL FLUMINENSE
Depois de um final de ano com gastos em festas e comemorações, é hora de organizar para quitar as contas que se repetem todos os anos nesse período, mas grande parte da população nunca está preparada nem economicamente e muito menos emocionalmente. Ouvidos pelo A VOZ DA CIDADE, economistas da região falam sobre como se organizar para pagar todas essas despesas que costumam ocorrer no início do ano, como matrícula escolar, material escolar, seguros, impostos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) Licenciamento do carro para quem tem, rematrícula escolar, compra de material, seguro residencial, de carro e de vida, ale, das faturas do cartão de crédito, contas recorrentes, como de luz, água e internet.
Segundo o pastor economista de Volta Redonda, Anderson Botelho, de 51 anos, que é especializado em finanças pessoais e reestruturação empresarial, não existem milagres. O que é preciso, de acordo com ele, é se organizar financeiramente. Lembrou que, o importante é o cuidado com as finanças pessoais. Os impostos que são cobrados no início do ano, adicionados as despesas educacionais não são surpresas e ocorrem todos os anos. A sugestão, de acordo com ele, é aproveitar o início de um novo ciclo para mudar os hábitos, organizar suas finanças pessoais de forma a conseguir não só cumprir esses compromissos, como buscar um sonho, programar uma viagem, adquirir ou mudar de carro, sair do aluguel e muitas outras possibilidades.
Lembrou o economista que, para isso, a pessoa deve ter planilhas e controlar seus recebimentos e suas contas que irão proporcionar alcançar a sua conquista. “Quando não temos esses controles, acabamos inconscientemente gastando de forma irracional e com coisas desnecessárias. Lembre-se que o raciocínio tem que estar acima do emocional”, explicou o economista
INICIAR PELAS PRIORIDADES
A economista Sonia Vilela, de Valença, explicou que, para aqueles que não provisionaram recursos, devem iniciar pelas prioridades, pagando primeiro o cartão de crédito e não cair no rotativo de jeito algum. “Os juros são incomparavelmente os mais altos. E cair no rotativo deve ser evitado a qualquer preço”, explicou a economista, lembrando que, com relação ao IPVA, o desconto para pagamento à vista é baixo comparados as taxas de juros no mercado atualmente, portanto, dividir em três parcelas pode ser a alternativa menos dispendiosa.


economistas garantem que não existe milagre para quitar as contas de início de ano iam martins1

O consumidor deve ter a real situação financeira, anotar todos os gastos e receitas que tem – Iam Martins

Quanto ao IPTU, ela lembrou que, dependerá da localidade do contribuinte. Alguns municípios dão descontos bastante convidativos, chegando a 15% ao ano. “Mas, na falta de recursos para honrar com esse pagamento, a vista, pagar em parcelas no máximo permitidas, já que o desconto é só para pagamento a vista”, frisou Sonia, ressaltando que, no caso das matrículas nas escolas e universidades, atualmente, elas oferecem prêmios de descontos para pagamentos em dia ou antecipados. E se mantém abertos para negociações, não só porque querem manter o aluno na instituição, mas também, porque precisam reduzir a desistência, ou ainda, a inadimplência. “O milagre para conseguir pagar todas as contas é muita organização e priorização. Mensurar de forma racional quais os riscos e custos adicionais de cada transação”, disse.
Exemplificou que, se todos os anos não a pessoa consegue pagar o IPVA, talvez devesse escolher um veículo de menor valor de marcado, já que esse imposto é calculado sobre o valor. O mesmo vale para o IPTU. Portanto, não existem milagres nessas situações. Os gastos precisam ser menores que a sua renda. “Precisamos ser o protagonista principal do nosso Planejamento Financeiro, nos lembrar que as melhores coisas da vida são de graça ou custam pouco e as demais são para melhoria do bem-estar e só cumprem sua função se for adquirida sem sofrimentos”, completou Sonia Vilela.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA E GESTÃO DAS DESPESAS
A mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial de Barra Mansa, Luciana Merçon, deixou claro que não há nenhum Santo que pague as contas, ou seja, o milagre é a educação financeira e gestão das despesas. Para melhor utilizar a renda líquida baseando-se no método 50% da renda deve ser utilizado para despesas fixas, como água, luz, aluguel entre outros, 30% para despesas variáveis e estilo de vida, como lazer, viagem, cinema, vestuário, presente e outros e 20% deve ser utilizado para reserva de emergência e projetos, no caso de desemprego, investimentos, aquisição de imóvel e mais.
Merçon ainda deu algumas dicas, como utilizar a renda extra, como 13º salário, para investir em tesouro direto, ações, fundo imobiliário e previdência privada, reunir-se com família e amigos em casa para assistir um filme, um jogo de futebol e refeições com pizza, feijoada e outrs, aproveitar os cursos gratuitos e on-line, reduzindo gastos com mensalidades e transporte, utilizar transporte público ou alternativo como bicicleta, reduzir, reutilizar, reciclar e repensar, ou seja, consumir menos e comprar o necessário, utilizar o produto até o final da vida útil e se possível reciclar, frequentar brechó, utilizar palete e pneu para móveis e mudar hábitos, vendendo ou trocando o que tem pelo o que precisa obter, pagar tudo à vista e aproveitar os descontos e programas de fidelidade, como empreender, que é uma forma de aumentar a renda e evoluir profissionalmente e estudar sobre educação financeira e investimento.
REAL SITUAÇÃO FINANCEIRA
Para a economista de Volta Redonda, Paloma de Lavor Lopes, de 43 anos, em primeiro lugar, o consumidor deve ter a real situação financeira dele, anotar todos os gastos e receitas que tem, não se esquecendo de parcelamentos com cartão de crédito ou boleto, e de depois, caso haja sobra nessa conta, tentar pagar o máximo das dívidas a vista solicitando desconto. “Se não tiver desconto, coloca o dinheiro para render e vai pagando as parcelas. Nesse caso, o ideal é colocar para render em um banco diferente do que utiliza no dia a dia, pois o impulso bate e a grana vai embora”, sugeriu.
A economista aconselhou ainda, que, se a pessoa não tiver sobra, o ideal é somar tudo que ainda tem para vencer, como parcelas de cartão, cheque especial e boletos, e solicitar um único empréstimo no banco, o credito direto ao consumidor, pois ele tem taxa de juros menor do que continuar usando o cartão no rotativo ou o cheque especial.

 

 

você pode gostar

Deixe um comentário

Endereço: Rua Michel Wardini, nº 100

Centro Barra Mansa / RJ. CEP: 27330-100

Telefone: (24) 9 9974-0101

Edição Digital

Mulher

Últimas notícias

Expediente         Política de privacidade        Pautas e Denúncias        Fale Conosco  

 

Jornal A Voz da Cidade. Todos direitos reservados.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com o uso de cookies. Aceitar todos