Esta semana tivemos duas perdas importantes na nossa família. Foi difícil, e a primeira, que foi a da nossa cadelinha Bella, aconteceu enquanto eu estava fora, em um treinamento em São Paulo.
Imagine a minha angústia e tristeza ao ter que lidar com tudo pelo telefone, pois não daria tempo de chegar, mesmo que eu quisesse. Por isso, fiquei refletindo sobre a importância de saber falar sobre a morte e o luto com uma criança, então elaborei algumas orientações para ajudar você a conduzir essa conversa com seus filhos ou outras crianças. O assunto é delicado e a tarefa árdua, mas essencial. Aqui estão 6 pontos importantes para abordar esta questão:
- Seja honesto e simples: Explique o que aconteceu de forma clara, adaptando o vocabulário à idade da criança. Dizer que alguém “foi embora” pode confundir; em vez disso, explique que uma pessoa faleceu e que o corpo dela parou de funcionar.
- Permita e incentivo o luto: Deixe que seu filho expresse os sentimentos, seja choro, raiva ou tristeza. Valide as emoções, dizendo que é natural sentir tristeza ou saudade.
- Crie rituais de despedida: Participar de cerimônias de despedida pode ajudar. Mesmo que não seja o enterro, acender uma vela ou fazer um pode servir como um momento de desenho lembrança e homenagem.
- Use histórias e memórias: Fale sobre as boas lembranças que têm da pessoa que partiu. Contar histórias é uma forma de manter a memória viva e, ao mesmo tempo, ajudar a criança a processar a ausência.
- Esteja disponível: Deixe claro que você está ao lado dela e disponível para ouvir ou abraçar sempre que ela precisar. Isso traz segurança e acolhimento.
- Explique a continuidade da vida: Mesmo com a tristeza, ajude a criança a perceber que, aos Poucos, a dor vai diminuir e que a vida seguirá. É importante que ela sinta esperança e saiba que poderá se sentir feliz novamente.
Estamos juntos!!
Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –