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Caminhoneiros mantêm paralisação apesar de sindicato anunciar fim do ato

Por Andre
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BARRA MANSA

A segunda-feira foi marcada pelo impasse durante a paralisação nacional dos caminhoneiros. O Sindicato regional da categoria diz que a greve acabou; os caminhoneiros querem persistir no ato. Eles solicitam agora que as medidas sobre o diesel sejam também adotadas à gasolina. Além disso, a segunda-feira contou com a presença das forças armadas e Polícia Rodoviária Federal (PRF), que estiveram no KM 276 da Rodovia Presidente Dutra, na altura do bairro Vila Ursulino, para solicitar que os caminhoneiros retirassem os veículos de cima dos canteiros e das margens da estrada. Também asseguraram o motorista que quisesse sair da paralisação. No local, há cerca de 300 caminhoneiros.

O presidente Michel Temer anunciou, no domingo, o desconto de R$ 0,46 por litro de diesel por um período de dois meses, além de zerar as alíquotas da Cide e do PIS-Cofins que incidem sobre o combustível. Os caminhoneiros dizem que não é isso que está na pauta, como explica um dos delegados do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sinditac), Erivaldo José dos Santos. “Na nossa pauta está ‘combustíveis’, e não apenas o diesel. A comunidade está conosco desde o inicio e não vamos abandoná-la, agora a luta é por eles, pra baixar os impostos da gasolina, e por isso decidimos continuar em paralisação, a maioria optou por ficar”, destaca.

Quem também não aceita as propostas é o presidente da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Barra Mansa, Odimar Meireles. “Somos desvalorizados e recebemos tratamento desumano em alguns lugares. Resolver por 60 dias não é resolver, queremos algo fixo e acabar com essa política de preços absurda da Petrobrás. Quero ressaltar que foi acordado entre o movimento e a prefeitura que estamos permitindo a doação de diesel para ambulâncias e caminhão de lixo”, destacou.

“Negociação acabou”

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sinditac), Francisco Wilde, diz que a negociação entre sindicato e governo federal acabou. “Tudo o que foi pedido, foi concebido. O governo não aceita negociar em cima de gasolina, apenas do diesel. A publicação no diário oficial já está feita. O problema é que há algumas pessoas levantando bandeira política e atrapalhando a discussão”, citou.

O caminhoneiro Edvaldo Estevão da Silva destaca que essa manobra é para desestabilizar o movimento. “Os deputados não sabem o que fazer, estão perdidos e buscam manobras para desestabilizar; somos organizados. A paralisação continua”, citou.

VOLTA REDONDA

Os caminhoneiros que se encontram no acostamento da BR-393, nas proximidades do bairro Dom Bosco, em reunião na manhã desta segunda-feira garantiram que o movimento continua. Disseram que estão em contato diário com as lideranças da greve nacional até que o governo atenta as reivindicações da categoria. Enquanto isso, as ajudas aos caminhoneiros chegam a todo o momento, como aconteceu na manhã de ontem. Um grupo de motoqueiros distribuiu cachorro quente para os grevistas. As doações de roupas, agasalhos, alimentos e material de higiene estão chegando a todo o momento.

Ainda tem ônibus

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SindPass), Paulo Afonso de Paiva, reafirma que o estoque mantém os ônibus em circulação até quarta-feira. “Estamos circulando com a frota mínima de 25%, tudo para manter os ônibus em circulação por mais tempo. Estamos tentando negociar, sem sucesso, junto aos manifestantes, que liberem combustíveis para os ônibus”, citou.


Em Angra dos Reis, os ônibus circularão normalmente amanhã. Já surtiu efeito positivo o Decreto assinado no último sábado pelo prefeito Fernando Jordão, instaurando o Estado de Emergência Pública no município em função do desabastecimento de combustível. Em resposta à ação do Executivo, O MPF Angra dos Reis, entre outras deliberações, recomendou à Agência Nacional de Petróleo o atendimento prioritário ao município e garantiu o abastecimento para o transporte coletivo e o Samu.

Sindipetro- Caxias anuncia greve por tempo determinado

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Destilação e Refinação de Petróleo de Duque de Caxias anunciou greve por tempo determinado entre os dias 30 de maio a primeiro de junho.

Além de repudiar enfaticamente a presença de unidade das forças armadas em instalações da Petrobrás, a greve tem por objetivo a redução dos preços dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. A manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis; fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo, o grupo é contra as privatizações e desmonte do Sistema Petrobrás e solicitam, também, a demissão de Pedro parente da presidência da Petrobrás. A greve tem inicio a 00h01min desta quarta-feira, dia 30 e terminará às 23h59min do dia 1º de junho.

 

Dois mil funcionários da CSN foram dispensados

Também devido à greve dos caminhoneiros, que até o fechamento desta edição não tinha terminado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, dispensou ontem, dois mil funcionários administrativos. A Assessoria de Imprensa da empresa garantiu ainda que a produção seguiu normalmente, já que não tem como paralisar a Usina Presidente Vargas (UPV).

Vale lembrar que o escoamento da produção de Aço e Cimentos para o mercado interno está comprometido desde o início do movimento. Ainda de acordo com a empresa, a parte da produção que é destinada ao mercado externo pode ser escoada por trem para o porto.

Viação São Miguel mantém toda a frota circulando

A paralisação dos caminhoneiros chegou ao seu oitavo dia nesta segunda-feira, dia 28, ampliando a crise da falta de abastecimento nos postos de combustível em todo o país. Com a falta do óleo diesel, utilizado para abastecer os coletivos, a direção da Viação São Miguel reiterou que manterá sua frota nas ruas de Resende operando com todas as 32 linhas, priorizando horários das 6 às 10horas, 11 às 14horas e das 16 às 19horas.

Nesta segunda-feira, o diretor da Viação São Miguel, Rodrigo Camargos, informou ao A VOZ DA CIDADE que a estratégia para esta segunda semana de greve é manter atendimento de coletivos para itinerários urbano e distrital, porém com a redução de 30% da frota, sendo na prática em torno de 50 coletivos nas ruas

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1 Comentário

xoróró 29 de maio de 2018, 15:57 - 15:57

E um absurdo colocar forças armadas para enfrentar trabalhador que larga todos seus familiares para enfrentar a estrada e sol e chuva e agora um merda assim como e essa maldito safado presidente colocando um contra ao outro porque ele mesmo não enfrenta babacão

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