SUL FLUMINENSE
O número de crianças até nove anos que foram mortas intencionalmente de 2022 para 2023 subiu 64,3% em todo estado do Rio de Janeiro. O deputado estadual Munir Neto, que é também presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Alerj, ressaltou que quer debater esse tema na região Sul Fluminense, propondo ideias de combate à violência contra crianças.
Os dados do Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Estado do Rio de Janeiro, informam que a maioria dos casos ocorreu dentro do próprio ambiente familiar. Da mesma forma, os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes de até 19 anos tiveram como autor um familiar. Essas estatísticas foram elaborados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O estudo foi apresentado ontem, 15, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para a Comissão da Criança e do Adolescente da Alerj.
“Em ambos os casos de violência contra crianças e adolescentes, tanto a família quanto a casa, dois alicerces fundamentais da segurança, acolhimento e proteção, são a zona de atuação de seus algozes. Isto é terrível. Precisamos aprofundar diálogo e parcerias em busca de estratégias eficazes de prevenção de violências. E a Comissão da Criança e do Adolescente pretende, inclusive, realizar um grande debate no Sul Fluminense”, destacou Munir Neto.
Layla Saad, representante adjunta do Unicef no Brasil, que apresentou o estudo, pontou a importância da não violência contra crianças e adolescentes tanto nas casas e demais espaços, como as escolas. Durante o evento, jovens e adolescentes que participam da Comissão relataram situações de violência diversas que enfrentam no dia a dia, sobretudo em suas residências e comunidades, além de transportes públicos.
Participaram também representantes das secretarias estaduais de Polícia Militar, de Polícia Civil, de Assistência Social; da Defensoria Pública e dos Conselhos Tutelares e dos Conselhos Municipais dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CMDCAs) e da presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara de Vereadores do Rio, Thais Ferreira.