Movimentos pedem de volta as terras desocupadas da CSN em Volta Redonda

Por Tânia Cruz

Em manifesto, realizado no início da noite desta sexta-feira, 25, em Volta Redonda, representantes de diversos movimentos da sociedade civil pediram de volta contra as terras e imóveis desocupadas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e que não estão sendo utilizados para produção de aço e qualquer outra função social. O ato aconteceu nas proximidades do antigo Posto de Puericultura, no bairro Vila Santa Cecília.

O bispo diocesano, Dom Francisco Biasin, que participou do ato, citou a Doutrina Social da Igreja ao dizer que “o destino comum dos bens tem uma primazia sobre o uso particular e, sobretudo, diria egoísta e antissocial que pode prejudicar toda uma coletividade”. Disse que e trata também de defender aquelas propriedades que estão no centro da cidade de Volta Redonda que uma vez devolvidas a própria sociedade poderiam dar um outro rosto e um outro respiro ao município. “ Volta Redonda merece crescer e oferecer a todos os cidadãos os serviços que são essenciais para uma convivência  mais digna e mais fraterna, disse”, disse o bispo.

Segundo explicou a representante do Coletivo Terras de Volta, Raquel Gifonni, o ato foi proposto pelo Coletivo e teve como objetivo conscientizar a população para a audiência de terça-feira, 29. Na ocasião, o TRF 2 do Rio julgará o recurso do Ministério Público Federal (MPF) para que a Companhia devolva a União das terras e imóveis que foram privatizados junto com a empresa nos anos 1990. “Escolhemos esse lugar que foi em outra época um posto onde as pessoas se vacinaram, foram atendidas por médicos. É um símbolo de abandono porque há anos e anos estão trancado. O entendimento do MPF que essas terras não operacionais, ou seja, que não  estão o destinadas a produção de aço, sejam devolvidas ao Poder Público . As terras que não eram destinadas á produção não poderiam ter sido privatizadas”, explicou Raquel, lembrando que 25% da área urbana de Volta Redonda pertencem à  CSN. E de acordo com ela, essa situação de uma empresa ser dona de ¼ das terras de uma cidade, não se repete em nenhum lugar do Brasil.

 

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