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Documentário sobre a história do jongo está sendo gravado em Barra do Piraí

O projeto tem como cenário o Hotel Fazenda Ponte Alta e foi escolhido pela história que ele representa no cenário nacional e principalmente para o município

Por Roze Martins
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BARRA DO PIRAÍ

Estão sendo realizadas, em Barra do Piraí, as gravações do documentário “Jongo: O Ritmo da Resistência”. O projeto tem como cenário o Hotel Fazenda Ponte Alta e foi escolhido pela história que ele representa no cenário nacional e principalmente para o município. O objetivo principal é resgatar a tradição do jongo em Barra do Piraí, um legado dos escravos Bantu, como um símbolo de resistência e expressão cultural no coração do Brasil, revelando uma história de luta, memória e identidade através das gerações.

O filme foi idealizado pelo ator e produtor cultural Reginaldo Costa, com participação da produtora Overview e apoio do Instituto Cultural Beleza Negra e Hotel Fazenda Ponte Alta. É um documentário expositivo que não apenas narra, mas também celebra a tradição do jongo em Barra do Piraí, situado no coração do Médio Vale do Paraíba fluminense, uma região de extrema relevância histórica da economia cafeeira do Brasil do século XIX.

O Jongo, uma expressão cultural trazida especificamente para o sudeste brasileiro pelos escravos africanos de origem Bantu do Congo e de Angola, encontrou no Vale do Paraíba um espaço de expressão e resistência. Essa tradição, preservada nas lavouras tornou-se uma parte intrínseca da vida dos escravizados.

Nas fazendas, os proprietários permitiam que os escravos praticassem o jongo durante as festividades dos santos católicos, proporcionando um momento de alívio dos rigores da escravidão tanto para os escravos quanto para os proprietários e seus agregados.


O Filme pretende ser um ato de afirmação cultural e servirá como um meio de trazer a história marginalizada para o primeiro plano, permitindo que as vozes historicamente silenciadas sejam ouvidas e honradas.

O fio-condutor do documentário é a atenção ao grupo mirim “Memórias do Cativeiro”, um símbolo de esperança na preservação do jongo. Este grupo, surgido em um contexto educacional inovador, mantém viva a prática jongueira e serve como veículo para a educação patrimonial, enfatizando a importância da tradição oral na transmissão cultural.

O grupo mirim ao integrar o jongo nas atividades escolares e comunitárias, desempenha um papel de extrema importância na difusão e valorização dessa tradição afrodescendente na esfera intergeracional.

O documentário não apenas celebrará essa tradição, mas também assume um papel vital na luta contra o esquecimento e na diversidade cultural do Brasil que define a sua singularidade impar no contexto cultural mundial.

A iniciativa tem o patrocínio da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura; e também da Prefeitura Municipal de Barra do Piraí, por meio da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura. O lançamento está previsto para o final do ano e pretendemos participar de diversos festivais nacionais e internacionais.

 

 

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