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ANIVERSÁRIO DE BARRA MANSA – Barra Mansa solidária: projetos que transformam vidas

Iniciativas locais de voluntariado oferecem apoio e inclusão a moradores, revelando o poder da solidariedade em momentos de desafio e renovação

Por Andre
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BARRA MANSA

Em meio a desafios sociais, Barra Mansa se destaca por suas iniciativas de solidariedade, promovidas por projetos que buscam transformar a realidade de seus moradores. Nesta reportagem especial, conhecemos três representantes de projetos que atuam diretamente na comunidade, oferecendo apoio, inclusão e oportunidades para aqueles que mais precisam. Através de suas histórias inspiradoras e ações concretas, eles revelam como o espírito solidário está mudando vidas e fortalecendo laços na região. Agora, vamos conhecer alguns desses grupos tão importantes para nossa cidade.

O Grupo Acolher

A missão principal do projeto do grupo acolher, do voluntário Cláudio Faria, em Barra Mansa é de transformar a vida das pessoas por meio da educação e do apoio à autonomia, evitando que se tornem dependentes 100% de assistencialismo. Em vez de apenas fornecer auxílio básico, como alimentos e medicamentos, o foco é ensinar habilidades que permitam aos beneficiários “pescar” em vez de apenas receber o “peixe”. Sobre o impacto do projeto na vida dos atendidos, Cláudio destaca a importância da educação. “Estamos sempre estimulando as pessoas a se comprometerem com o estudo. Auxiliamos crianças nas escolas e incentivamos as que ainda não estão matriculadas a se inscreverem”, disse.

Cláudio compartilha um relato sobre o sucesso das cozinhas sociais, que começaram a funcionar durante a pandemia em parceria com igrejas locais. “Quando levamos a cozinha para lá, o espaço, que antes estava abandonado, voltou a ser um ponto de encontro. No que diz respeito ao fortalecimento da solidariedade, ele explica que as cozinhas sociais têm contribuído para unir as pessoas na busca por soluções para problemas comuns”, destaca.

Por fim, a mensagem que Cláudio deseja deixar para a comunidade é clara: “Quem se dispõe a ajudar, que não transforme isso em assistencialismo. É necessário ensinar a pescar e não manter a pessoa em uma condição de dependência. A verdadeira solidariedade promove a melhoria do indivíduo e a capacitação para que ele possa superar suas dificuldades”, pontuou.

Xandão, um coração para vários grupos

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Foto: Arquivo pessoal

O trabalho voluntário em Barra Mansa é uma prática enriquecedora, e Alexandre Campos, conhecido como Xandão, é um dos principais colaboradores de vários projetos sociais, sendo referência na região. Com 35 anos de dedicação a causas sociais, ele é um dos fundadores do grupo Maluquetes Alegria, que celebra três décadas de existência neste ano. O grupo tem como característica principal visitar comunidades em épocas festivas, como Natal e Páscoa, além de promover campanhas de doação de sangue.

Além do Maluquetes Alegria, Xandão também fundou o grupo Nas Trilhas da Solidariedade, voltado para auxiliar instituições de caridade, como lares de idosos e abrigos. Parte do dinheiro arrecadado durante caminhadas em montanhas é destinado para a compra de itens que as instituições precisam. Dessa iniciativa, surgiu o projeto Andanças, que empresta equipamentos como muletas, cadeiras de rodas e cadeiras de banho para pessoas em situação de vulnerabilidade. Ao ser questionado sobre sua motivação para ser voluntário, Xandão relembra: “Na época, eu era estudante em Ouro Preto. Minha família sempre foi de Barra Mansa, e houve um momento em que minha mãe precisou de transfusão de sangue. Eu estava muito longe, mas soube da movimentação aqui para ajudar minha mãe. Meu primeiro envolvimento foi através da doação de sangue”, recorda.

Para ele, a chave do sucesso dos projetos sociais está na complementaridade das ações. “Não existe mais aquela história de qual é o trabalho ou projeto mais importante. Todos são importantes e complementares. O grande lance é entender que os projetos se complementam”, explica Xandão. Nem tudo, porém, é fácil. Ele também fala sobre os desafios do voluntariado. “O desafio é constante, porque geralmente precisamos obter recursos para realizar as ações. Precisamos do dinheiro. Então, chega uma hora que temos que promover bailes, rifas, festas… temos que nos virar para dar conta de tudo. Mas esses desafios fazem parte do trabalho. Uma das características de quem é voluntário é resiliência e coragem”, relata.

Xandão encerra com uma mensagem de esperança: “Deus é tão bom que, independentemente da religião de cada um, Ele nos dá a oportunidade de nos envolvermos com o trabalho voluntário.”

Casa Rosa: o amor pintado nas paredes

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Foto: Redes Sociais

A Casa Rosa, projeto liderado por Márcia Cristina, fundadora e presidente da instituição, é voltado ao acolhimento de pacientes oncológicos e tem como missão principal atender essas pessoas em suas necessidades básicas. Com uma visão de fazer ao próximo o que gostaríamos que fizessem por nós mesmos, a Casa Rosa se tornou um ponto de apoio importante, não só para Barra Mansa, mas para toda a região do Sul Fluminense. Durante a entrevista, Márcia destacou que a casa recebe muitos pacientes que vêm de longe, alguns em busca de biópsias, devido à longa lista de espera. O maior desafio inicial, segundo ela, foi a falta de crédito que enfrentou ao alugar uma casa abandonada, em condições precárias, sem fiador e sem depósito. “Eu fui chamada de doida, de irresponsável, porque eu via a casa pronta e florida, mas as pessoas não tinham essa visão”, compartilhou. Hoje, a Casa Rosa oferece café da manhã, sopa no almoço e lanche da tarde, tudo doado pela comunidade.

Além do alimento, o projeto proporciona acolhimento emocional. Muitos dos pacientes, distantes de suas famílias, encontram na casa o apoio de que necessitam. Márcia contou a história de Sônia, uma voluntária que venceu o câncer três vezes e perdeu o marido durante a pandemia. “Ela encontrou na Casa Rosa o alívio para o luto e para a tristeza, e hoje é uma voluntária maravilhosa”, disse emocionada. A solidariedade é um pilar do projeto, que atende cerca de 3 mil a 3,5 mil pessoas por mês.

Márcia compartilhou que sua motivação para fundar a Casa Rosa veio da própria experiência pessoal com o câncer. Ela enfrentou um câncer terminal, perdeu peso, cabelo, dentes e unhas, mas foi curada. Ao ver pacientes oncológicos em condições difíceis, decidiu ajudar, começando com pequenas ações voluntárias na calçada. Com o tempo, o projeto cresceu, e ela alugou a casa que se transformou na Casa Rosa. “Eu tive um câncer para um propósito, fiz da minha dor a minha missão”, reflete.

A solidariedade da comunidade tem sido fundamental para o funcionamento da Casa Rosa. “Nós não conseguimos nada sozinhos”, afirma Márcia. Além de alimentar os pacientes, a casa também distribui cestas básicas para 25 famílias em situação de vulnerabilidade, que não recebem benefícios do governo.

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