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Economia com horário de verão pode chegar a R$ 400 milhões em cinco meses

Com a retomada os brasileiros têm a chance de adotar medidas eficientes para economizar energia

Por Franciele Aleixo
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 RESENDE

O governo federal decidirá nos próximos dias se haverá horário de verão neste ano no Brasil. A retomada pode resultar em uma diminuição até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica, e em uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) apenas entre os meses de outubro e fevereiro. A estimativa consta de uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo o estudo, a alteração no horário brasileiro durante o verão resultaria em uma “redução de custo de combustível termoelétrico, para o horizonte de outubro/2024 a fevereiro/2025, de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico”, detalha o documento.

“Em termos de contratação de reserva de capacidade, tomando por base os resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, a economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, foi cerca de R$ 1,8 bilhão por ano”, acrescentou.

De acordo com o engenheiro mecânico e coordenador dos cursos de Engenharia da Estácio Resende, Caio Marcello Cossu, com a retomada do horário de verão, os brasileiros têm a chance de adotar medidas eficientes para economizar energia, aproveitando melhor a luz natural e reduzindo a necessidade de uso de aparelhos que geram calor, como chuveiros elétricos e ar condicionado. “A mudança no horário impacta diretamente os hábitos de consumo, incentivando atividades como o banho a serem realizadas fora dos horários de pico, geralmente no início da manhã e à noite”, cita.

Ele destaca que além disso, com o prolongamento das horas de luz do dia, a necessidade de iluminação usando lâmpadas elétricas diminui significativamente, permitindo que a energia solar seja utilizada durante grande parte do dia.

O profissional comenta sobre algumas dicas para economia de energia. “Economizar energia não é apenas uma questão de reduzir a conta de luz, mas também de contribuir para a preservação do meio ambiente. Com algumas atitudes simples, é possível fazer a diferença. Um ponto importante é a escolha consciente dos equipamentos elétricos. O selo A, concedido pelo INMETRO, indica os aparelhos mais eficientes em termos de consumo, e deve ser considerado na hora de comprar novos dispositivos”, explica, acrescentando que outro hábito importante é desligar da tomada os aparelhos que possuem modo stand-by, como TV, micro-ondas, PC e Notebook, que, mesmo em repouso, continuam consumindo energia. Além disso, é aconselhável evitar o uso prolongado de equipamentos que convertem energia elétrica em calor, como chuveiros elétricos, ferros de passar roupa e secadores de cabelo, grandes responsáveis pelo aumento no consumo.

Caio ainda lembra que em tempos de estiagem, o ar-condicionado pode ser um dos maiores vilões do consumo de energia. Para utilizá-lo de forma eficiente, é fundamental realizar a manutenção periódica e ajustar a temperatura entre 23°C e 25°C, garantindo conforto sem desperdício. “Por fim, para a iluminação, a recomendação é substituir as lâmpadas incandescentes e fluorescentes por modelos de LED, que consomem menos energia e duram mais. E não se esqueça de aproveitar a luz natural ao máximo durante o dia, uma maneira simples e eficaz de reduzir a necessidade de iluminação artificial”, cita.

Horário de pico

Além disso, resultaria em maior eficiência do SIN no atendimento aos horários de maior consumo, em especial entre 18 e 20 horas. “É nesse período que o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída e do aumento da demanda por energia”, diz a nota técnica ao explicar que dados históricos mostram que o impacto positivo é especialmente percebido nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do SIN.

“A prática se demonstra eficaz em amenizar o crescimento da carga entre as 18 e 19 horas, horários críticos do sistema. No entanto, após as 20 horas, o crescimento é retomado, alongando assim o processo de rampeamento”, complementou.

O ONS pondera que, ao avaliar o impacto da prática no consumo de energia, verificou-se que o impacto em alguns horários do dia é ineficaz no sentido de reduzir a carga média diária. No entanto, verificou-se também “reduções significativas em dias úteis, sábados e domingos, sob diversas condições de temperatura” nos momentos de demanda máxima noturna.

 

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