VALENÇA
O Dia Mundial de Limpeza de Praias, Rios e Lagos, celebrado no terceiro sábado de setembro – em 2024, no sábado dia 21, é uma iniciativa global presente em mais de 100 países. O objetivo é conscientizar sobre os impactos do lixo nos oceanos e bacias hidrográficas.
Em Valença, a Fundação Educacional Dom André Arcoverde (FAA) comemora o sucesso de um projeto iniciado em 9 de agosto: o Eco Tampinha FAA. Voltado para a coleta de tampinhas plásticas de garrafas de água, refrigerantes, produtos de limpeza e outros, o projeto envolveu as comunidades acadêmicas da fundação, que, em apenas 40 dias, arrecadaram mais de 50 mil tampinhas.
Com envolvimento expressivo nas unidades do Colégio Arcoverde de Valença e Barra do Piraí, foram preenchidos seis coletores, totalizando 36 mil tampinhas – 18 mil em cada unidade. Só na primeira semana, ambas já haviam completado um coletor. A FAA, incluindo o campus UniFAA, arrecadou mais 15 mil tampinhas. Além disso, a Casa Léa Pentagna, parceira do projeto, e três escolas municipais também contribuíram.
Inspirado pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e pela Agenda 2030, o Eco Tampinha FAA busca reduzir o impacto ambiental através da reciclagem. As tampinhas serão enviadas para uma empresa parceira, que usará o material para fabricar bancos de madeira plástica. Esses bancos retornarão à fundação e serão distribuídos entre as unidades.
“A união da educação ambiental, reciclagem e tecnologia para criar um produto sustentável contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e ajuda a remover resíduos que, descartados de forma inadequada, causam grande impacto ambiental”, explicou Tathiane Rodrigues, Coordenadora de Resíduos da Gerência de Sustentabilidade da FAA. Ela destaca que o projeto também visa retirar resíduos dos rios e oceanos, protegendo aves e espécies marinhas.
Ela acrescentou que a produção de 700 quilos de madeira plástica preserva uma árvore adulta, contribuindo para a redução do desmatamento e do aquecimento global. “A educação ambiental e a gestão de resíduos poliméricos para a criação de produtos sustentáveis incentivam mudanças de atitude, transformando estudantes e cidadãos em defensores do meio ambiente. Isso garante um futuro mais sustentável e uma melhor qualidade de vida”, explica.
Estima-se que, até 2055, 99% das espécies marinhas e aves migratórias, como o albatroz, terão ingerido resíduos plásticos. Anualmente, mais de 13 milhões de toneladas de plástico são descartadas nos oceanos.