DEBATE TEMÁTICO VOLTA REDONDA – SEGURANÇA PÚBLICA

Como planeja abordar a questão da segurança pública, mesmo não sendo obrigação direta da prefeitura?

Por Leo Rocha
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ANTONIO FRANCISCO NETO

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Ao reassumirmos o Palácio 17 de Julho em janeiro de 2021, a situação era precária. O sistema de monitoramento por câmeras estava sucateado e lutamos para reconstruí-lo. Mais de R$ 8 milhões (R$ 8.227.952,00) foram investidos no aumento significativo de câmeras, equipamentos esses geridos pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), que criamos em 2021.

Atualmente, são mais de 1,6 mil câmeras instaladas nas ruas, instituições públicas de ensino e unidades de saúde, com expansão contínua graças a parcerias privadas. Reformamos e reativamos as bases da Polícia Militar, garantindo que as entradas e saídas de Volta Redonda se tornassem também mais seguras. Implementamos o conceito de policiamento de proximidade através do Serviço Integrado de Segurança Pública, e a “Operação Segurança Presente”. Este último entrou em vigor por meio de um convênio com o Governo do Estado.

Todos esses serviços complementam o policiamento ostensivo da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Quinze novas viaturas foram adquiridas. O investimento permitiu que o policiamento mais que dobrasse em nossa cidade, chegando a todos os bairros. Hoje também contamos com o “botão de pedido de ajuda”, que já atende taxistas e vai auxiliar idosos em situação de vulnerabilidade, e mulheres vítimas de violência doméstica e com medidas protetivas.  Instituímos um rigoroso protocolo para a organização de eventos na cidade.

Reconstruir é mais difícil que construir, e com o sistema de segurança não foi diferente, mas em parceria com o Governo do Estado e graças a pessoas muito comprometidas estamos conseguindo. Vamos seguir investindo em inovação e em pessoas comprometidas com a segurança da cidade.

 

ARIMATHÉA

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Constitucionalmente é dever do Governo do Estado agir na segurança pública. Mas acredito firmemente que o município deve fazer sua parte, investimentos e integração necessárias para colaborar nessa luta e dar segurança a nossa população.

No nosso governo, vamos continuar investindo no uso de tecnologias de vigilância, sistemas de comunicação e outras ferramentas de monitoramento, integradas às forças de segurança. Também queremos fortalecer a cooperação entre as diversas instituições de segurança pública, integrando as áreas de inteligência da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Vamos atuar no desenvolvimento de parcerias com a sociedade civil e setor privado, com ONGs, associações de bairro, órgãos públicos e empresas para o desenvolvimento de projetos de segurança pública de longo prazo. Outro ponto importante é desenvolver programas de prevenção da violência focados em grupos vulneráveis e áreas de risco.

Nossa Guarda Municipal também merece e precisa ser valorizada. Vamos investir na modernização com a aquisição de veículos, uniformes e equipamentos modernos. Vamos criar um comitê de segurança pública que reúna membros da sociedade civil e representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.

Outro ponto importante é fazer a manutenção adequada da iluminação pública, manutenção, limpeza e capina constante de ruas e vias públicas, visando evitar que virem pontos de risco. E vamos estimular a participação da comunidade com a realização de audiências públicas e consultas populares para receber feedback da população e ajustar as ações conforme necessário.

 

JAMAICA 

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A questão da segurança pública promove um dos debates mais quentes dos últimos tempos. Não é uma questão exclusiva da esfera municipal, mas o maior equívoco do debate é a subtração da ideia de segurança do cidadão para a segurança do patrimônio, da propriedade privada. Segurança pública para o PCO é a segurança do trabalhador, e, portanto, é a segurança que não só não é garantida pelo Estado, como por ele é ameaçada. Em primeiro lugar seria preciso dissolver as Polícias Militares, Civis, Federais e as Guardas Municipais substituindo-as por milícias populares, democráticas, eleitas nas comunidades e prestando contas ali mesmo. A dissolução do aparato repressivo do Estado seria importante para pôr fim ao massacre que o povo pobre vive, sobretudo os negros e moradores da periferia. Mas pensar a segurança também implica em compreender as causas sociais de sua existência. Ninguém nasce bandido, mas a violência que a miséria é imposta às camadas populares, a desigualdade e a falta de perspectiva de desenvolvimento arrastam a juventude ao desespero e a criminalidade. Enfrentar essa situação com seriedade não pode ser por outro meio que não o de geração de empregos, com bons salários, com expectativa de desenvolvimento de uma carreira. Assim também como é preciso desarticular o sistema de cooptação de jovens ao crime por meio do tráfico de drogas, descriminalizando todas! O combate ao comércio de drogas só tem levado a assassinato de jovens, cadeias superlotadas e ao fortalecimento do crime organizado; as drogas devem ser alvo de um cuidadoso processo de conscientização e educação.

 

MAICON QUINTANILHA

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Nós pretendemos abordar o problema da segurança pública pensando na sua ORIGEM.

Nós sabemos que a origem de boa parte das questões de segurança pública hoje no país, tem a ver com a desigualdade social, desemprego e ausência de políticas públicas eficazes de prevenção.

Veja bem, enquanto não houver um investimento maciço em políticas públicas na periferia que forneçam de fato oportunidades e fortaleçam o protagonismo da juventude, se não tivermos saúde, educação e políticas de assistência de qualidade, a solução para a segurança pública vai continuar sendo o que é apresentado pelos candidatos da burguesia que não ligam se os trabalhadores negros estão se matando: mais polícia e mais presídio (inclusive privados).

Sabemos que hoje a tal guerra as drogas só servem para encarcerar a população negra e da periferia, e os ricaços fazem um debate moral porque não tem coragem de assumir publicamente o que eles desejam: enriquecer às custas da vida de jovens negros da periferia, dos próprios policiais, etc.

Acreditamos que Volta Redonda tem tudo para tratar do problema de segurança pública e tem muito a ver.

Por que segurança pública não é polícia e cadeia. É prevenção e formação de sociedade.

 

MAURO CAMPOS 

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Vamos construir um diálogo com o governo do estado para que a Polícia Militar tenha todo apoio da prefeitura para realizar seu trabalho.

Em relação a guarda municipal, vamos ajustar a remuneração e fazer concurso. Em se tratando de segurança, o efetivo certo, é fundamental para que o trabalho seja entregue com qualidade para a população.

Vamos mobilizar a guarda para uma atenção especial as escolas de Volta Redonda, de forma que nossas escolas sejam um lugar extremamente seguro para funcionários, professores e alunos.

Vamos trabalhar massivamente para conter a multiplicação dos moradores de rua na nossa cidade. Vamos garantir que todo morador de rua, tenha amparo, abrigo e alimento, mas não vamos incentivar que eles permaneçam nas ruas, pois muitos criminosos se misturam aos moradores de rua, e aproveitam oportunidades para cometer crimes, como já vimos no passado.

 

PROFESSOR HABIBE

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Segurança Pública é muito importante, já que Volta Redonda, Barra Mansa, Califórnia (B.do Pirai) e Pinheiral, formam uma região metropolitana. São quatro municípios que têm uma conurbação perfeita, e no cotidiano é como se fosse uma cidade só, integrada no trânsito, no comércio, nos serviços e na violência. E os índices de violência cresceram muito. Em Volta Redonda foram 69 assassinatos em 2023, em Barra Mansa foram 79 homicídios ano passado, e sem contar Califórnia e Pinheiral são 148 homicídios. É preciso uma ação do prefeito para cuidar da segurança. Temos a Secretaria de Ordem Pública, responsável por formular e implementar políticas públicas para manutenção da ordem urbana e a integração da Prefeitura com todas as forças de segurança. Não é papel dessa secretaria ficar podando árvores.

Precisamos focar em educação, economia solidária, em melhorar a qualidade de vida na cidade, ao mesmo tempo promover ações conjuntas para a repressão da criminalidade com as outras forças de segurança.

Nós temos em Volta Redonda o batalhão da PM, que teve uma configuração inicial de formação e treinamento da tropa para ações efetivas de combate à criminalidade na capital e baixada, nós temos uma presença mais ostensiva do policiamento na cidade, no entanto, a questão da violência ou da repressão à violência, são coisas distintas. O papel da administração é melhorar a integração com a polícia civil, polícia militar e polícia federal seguindo a orientação do Sistema Único de Segurança Pública – SUSP, onde as guardas municipais executam atividade de segurança pública e têm entre suas atribuições o poder-dever de prevenir, inibir e coibir infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais.

 

SAMUCA SILVA

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Um dos meus compromissos é a realização de concurso para a Guarda Municipal, com o objetivo de aumentar o efetivo e melhorar a qualificação e as condições de trabalho dos profissionais, permitindo que atuem de forma eficaz, especialmente nas áreas de maior fluxo comercial e em locais com alta circulação de pessoas.

Além disso, vou retomar a Secretaria Municipal de Segurança Pública, que foi criada em meu governo anterior e fortalecer o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), também criado no meu governo na Ilha São João, modernizando o sistema de câmeras, sensores e leitores em pontos estratégicos da cidade, conectando nossa cidade à rede nacional de segurança. A tecnologia será nossa aliada para monitorar e responder rapidamente a possíveis ocorrências.

A segurança pública também exige parcerias estratégicas. Vamos continuar e intensificar a colaboração com as Polícias Civil e Militar para prevenir a violência de forma mais eficaz, integrando as forças estaduais e federais em operações conjuntas que garantam a segurança dos nossos bairros.

Proteger os cidadãos de Volta Redonda requer ações que vão além do policiamento. Por isso, vamos investir na geração de empregos, capacitação profissional e educação, pois essas são ferramentas essenciais na redução da criminalidade.

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