Mãe faz apelo para enterrar corpo do filho que, segundo ela, foi sepultado como indigente

Jonathan Gilberto Paulino da Silva, de 34 anos, desapareceu de casa, no bairro Niterói, no dia 19 de dezembro de 2023

Por Tânia Cruz
65 mãe faz apelo para enterrar corpo do filho que, segundo ela, foi sepultado como indigente divulgação

VOLTA REDONDA
A comerciante de Volta Redonda, Alessandra Aparecida Paulino, de 52 anos, mais conhecida como ‘Dona Chica’, desde dezembro vem enfrentando a dor da perda de um filho e a tristeza de não tê-lo sepultado. Ela contou ao A VOZ DA CIDADE que, o filho dela, Jonathan Gilberto Paulino da Silva, de 34 anos, desapareceu de casa, no bairro Niterói, no dia 19 de dezembro de 2023. E no dia 23, ela reconheceu o corpo dele que apareceu boiando na represa em Barra do Piraí.
Dona Chica informou que, no mesmo dia em que ela reconheceu o filho boiando, através de reportagens, o outro filho foi até o Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda, no bairro Três Poços, mas não reconheceu, pois alegou que o Jonathan havia saído de casa com uma blusa rosa e pessoa morta encontrada estava de blusa preta. Ainda segundo a mãe, ele teria voltado em sua residência no dia em que desapareceu e trocado de roupa, não sendo mais visto desde então. “No dia, o perito que estava no IML atendeu o meu outro filho, mas até agora não entendi porque ele não reconheceu o irmão. No mesmo dia recebemos uma mensagem de que não era ele, pois não era compatível”, contou, lembrando que mesmo assim ela não desistiu e segue garantindo que aquele corpo que ela viu na reportagem era sim, do filho dela. “Choro todos os dias pelo meu filho. Parece que acabei de perdê-lo. Não estou suportando a perda do meu filho. Não consigo viver sem o meu filho. Ele será sempre o meu amor”, falou emocionada.
CONFIANTE
Confiante de que iria conseguir identificá-lo, Dona Chica decidiu ir pessoalmente ao IML no dia seguinte e nos outros dias direto. “Lá, todos os dias a procura do meu filho, eu ouvia somente que não tinha ninguém com as características dele e ninguém tinha sido enterrado como dirigente lá”, explicou a mãe, ressaltando que jamais desistiu. Por isso, passando três meses e dois dias, ela retornou ao IML, mas desta vez com a foto do corpo encontrado boiando e falou com alguém no local. “O rapaz que me atendeu pegou a foto, procurou afundo e conseguiu localizar o corpo do meu filho, só que ele já havia sido enterrado como indigente em Barra do Piraí, pois o corpo foi localizado lá”, completou, frisando que todos os corpos que estavam lá foram identificados pelas famílias e o filho dela sepultado como indigente com apenas 12 dias no local.
Declarou também que há cinco meses fizeram o um exame de DNA e até hoje a família não recebeu o resultado. “Nem o resultado e nem o corpo do meu filho. Além de ter perdido o meu filho, não consigo ter o direito de fazer um enterro digno”, disse, frisando que mesmo tendo família, Jonathan foi enterrado como indigente. “Ele nunca foi indigente. Tem uma família que o ama e sempre vai amá-lo. Perdi o amor da minha vida. Estou passando por dias tristes e de desespero”, relatou a comerciante destacando que para ele ela era a melhor mãe do mundo e mesmo com a partida dele voa continuar sendo. “Vou lutar até o fim para reaver o corpo do meu amor”, finalizou Dona Chica.
TRABALHO MINUCIOSO
Procurada pela equipe de reportagem do A VOZ DA CIDADE, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro explicou, através da assessoria de imprensa, que as informações deste caso estão incorretas, já que o corpo do rapaz não foi enterrado como indigente, mas sim como pessoa não reconhecida, pois não houve reconhecimento. Ainda segundo foi informado ao jornal, a identificação de um corpo exige um trabalho minucioso. A tarefa envolve uma série de cuidados, protocolos e obrigações que devem ser cumpridos para evitar erros que poderiam gerar ainda mais transtornos e sofrimento aos familiares das vítimas. Por isso é demorado.
A PC informou também que, quando um corpo é reconhecido de fato, a família recebe um certificado. No caso do morador de Volta Redonda, ainda de acordo com a PC, o corpo estava em total estado de decomposição, o que dificulta ainda mais na identificação. Por isso, se torna um processo muito mais demorado, além da fila de espera para identificação que é grande, mas que esse caso foi colocado como prioridade. A informação é ainda de que, todo o processo de identificação, desde a coleta da amostra inicial até a conclusão do laudo, pode levar meses.

 

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