SÃO PAULO
Como é tradição, o A Voz da Cidade publica, no primeiro dia do caderno eleitoral, as charges dos candidatos às prefeituras das cidades do Sul do Estado. Neste ano, integra o caderno jornal Diário do Vale. Ambos são editados pelo Grupo Pançardes de Comunicação. Dentro do A Voz da Cidade, o chargista por trás dos desenhos que sempre fizeram sucesso é Carlinhos. O paranaense Carlos Müller, com mais de 35 anos de carreira, começou aos 14 anos, inspirado pelas obras do cartunista Paulo Caruso. Carlinhos é cartunista, chargista, artista plástico e tatuador.
Folheando revistas antigas, Carlinhos se deparou com charges de Paulo Caruso e ali decidiu o que queria para a vida. Nascido em Guarapuava–PR, começou sua trajetória no jornal Folha do Paraná e, em 1989, mudou-se para São Paulo e ingressou no Estadão, onde trabalhou até 2013 como caricaturista e desenhista.
Foi no Estadão que Carlinhos desenvolveu sua formação. Autodidata e apaixonado pela arte desde a infância, ele não teve uma formação formal, mas, segundo ele, foi nesse ambiente que as portas se abriram e os estudos técnicos vieram através da prática. Além do aprimoramento profissional, nesses anos ele conheceu diversos países, conquistou prêmios e construiu sua família.
“Ganhei um prêmio em 2012 pelo Estadão. Por conta desse prêmio, viajei para a Alemanha com a missão de desenhar a cidade, ao invés de fotografá-la. Decidi produzir aquarelas, o que gerou uma matéria no caderno de viagens e me rendeu o prêmio da Comissão Europeia de Turismo”, explicou.
Neste ano de 2024 reeditamos o desfile dentro das olimpíadas pelo Rio Paraíba do Sul
Após 24 anos no jornal, Carlinhos iniciou um novo capítulo em sua vida, dedicando-se integralmente às artes plásticas. Nos últimos anos, também se especializou em tatuagens, aprendendo com amigos e tatuadores profissionais. Em 2016, por meio de uma indicação, conheceu Luciano Pançardes, presidente do Grupo Pançardes de Comunicação. Desde então, trabalha na produção de charges do Caderno de Eleições.
“Sair de um emprego fixo e me dedicar a diversas outras atividades me permitiu conhecer ainda mais o Brasil. Hoje, trabalho para várias cidades e, na região Sul Fluminense, tenho clientes desde o meu primeiro trabalho”, destacou.
Com um pincel (seja físico ou virtual) sempre à mão e um olhar atento que captura a essência das transformações sociais e das grandes autoridades, Carlinhos Müller não é apenas um artista, mas um contador de histórias visuais que traça a linha tênue entre o real e o imaginário.
A primeira arte em 2016 foi um desfile cívico devido ao ano das olimpíadas
A arte em 2020 foi alusiva a cerimônia do Oscar
