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‘Ele não era vagabundo para ser morto como foi’, garante familiar de servidor

Por Mônica Vieira
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VOLTA REDONDA

A família do servidor Ronaldo Santos de Oliveira, de 41 anos, morto no último dia 29 de abril no Rio de Janeiro, conversou ontem com o A VOZ DA CIDADE sobre o crime. Ronaldo foi morto pela Polícia Militar após, segundo os agentes, não obedecer ordem de parada e teria sido encontrado com uma arma e drogas. Contudo, a família, que realizava uma campanha para encontrar o parente, nega que Ronaldo tenha sido encontrado com qualquer tipo de entorpecente e garante que ele não possuía revólver. “Queremos Justiça. Ele não era vagabundo para ser morto da forma que foi”, diz a irmã de Ronaldo, Rojana Santos de Oliveira, de 42,

Na quarta-feira, dia 2, Rojana começou a divulgar com parentes e amigos fotos do irmão nas redes sociais, comunicando seu desaparecimento e pedindo informações. Ele estava no Rio desde o dia 28 com a família e, no dia 29, tinha voltado sozinho para Volta Redonda para trabalhar (na Secretaria de Obras) e retornaria no dia seguinte (dia 30) para pegar a mulher e os filhos na casa de sua sogra, na Avenida Brasil. Contudo, a família perdeu o contato com Ronaldo e só depois, na sexta-feira, dia 4 foi que souberam que ele tinha sido morto.

Em nota, a PM informou que o mesmo desobedeceu ordem de parada e acabou morrendo; depois, disse ainda que ele estava com uma arma e entorpecentes em seu carro, um Gol preto de placa KXV- 2372.


“Vamos querer explicação dessa história ridícula e mentirosa que eles estão dizendo por aí. Meu irmão não tinha arma e nunca andou armado”, disse a irmã, questionando também os cinco dias que levaram para informar a família o crime. “E essa demora toda para nos informar, sendo que desde domingo ele já estava no Instituto Médico Legal e o registro na delegacia”, questionou Rojana, indignada.

Questionada sobre como a família descobriu a morte de Ronaldo, ela explicou que sua irmã estava na 93ª Delegacia de Polícia de Volta Redonda para registrar a ocorrência do desaparecimento, quando foi chamada para conversar com um policial. “O delegado a chamou e falou que tinham uma coisa para falar; que ele tinha recebido um e-mail dizendo que acharam o corpo dele e o carro no Rio de Janeiro”, contou.

A Polícia Militar informou, em nota, que Ronaldo na ocasião passava pela rua quando quase atropelou três pessoas que estavam em um ponto de ônibus e que desobedeceu a ordem de parada de um policial, que teria sido atropelado por Ronaldo se não atirasse.

Rojana, irmã da vítima, rebate o comunicado da polícia e diz que a família já contratou um advogado para acompanhar o caso. “Muito estranho tudo isso. Mas vamos correr atrás sim! Ele era trabalhador e tinha família”, concluiu.

 

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