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Geração Z impõe desafios aos líderes no ambiente de trabalho

Por Franciele Aleixo

NACIONAL

A geração Z é a que mais apresenta comportamentos considerados desafiadores no trabalho, segundo estudo da consultoria de Recursos Humanos (RH) e outsourcing EDC Group. 

Os colaboradores de 18 a 25 anos são os menos engajados e os que mais relatam não cumprir a jornada de trabalho. Apesar disso, a pesquisa não indica que esses profissionais sejam menos competentes do que os demais. 

De acordo com o CEO da EDC Group, Daniel Campos, além de criativos, os trabalhadores da geração Z costumam responder bem em grupos com profissionais de todas as idades.

Em entrevista à imprensa, ele destacou que a geração de jovens nascidos entre 1995 e 2010 tem habilidades digitais avançadas, o que pode representar novas perspectivas e impulsionar o desenvolvimento do negócio. Confira o artigo completo!

O que é Geração Z?

A Geração Z, também conhecida como Gen Z ou iGeneration, é composta por pessoas nascidas aproximadamente entre 1997 e 2012. Eles são os sucessores da Geração Y (Millennials) e antecedem a Geração Alpha.

Conforme a pesquisa do EDC Group, essa geração é menos engajada no trabalho quando comparada aos millennials – pessoas nascidas entre 1981 e 1996. 

Dos profissionais Zs entrevistados, 12,5% afirmaram não cumprir o expediente, começar a jornada depois do horário previsto e terminá-la antes do combinado. O levantamento foi feito com 328 brasileiros. 

Além disso, 4,35% dos jovens disseram não fazer uma atividade, caso ela surja no final do expediente, deixando para que outro colega a faça. Em relação às funções, 25% relatam fazer apenas o que foi estabelecido em contrato, nem uma tarefa a mais ou a menos.

Por outro lado, somente 1% dos millennials disseram não fazer tarefas recebidas no final da jornada laboral e 3% afirmaram não cumprir o expediente de trabalho estabelecido. 

Outro dado mostra que 16% dos profissionais desse grupo etário preferem fazer hora extra no trabalho para se manterem em dia com as entregas.

Considerando a importância de assegurar a diversidade geracional nas empresas e compreendendo as dinâmicas dos profissionais de diferentes faixas etárias, o uso de algumas ferramentas tecnológicas podem contribuir para coordenar os trabalhos individuais e em equipe.

Um exemplo são os organogramas online, que permitem organizar visualmente a estrutura da empresa e dos departamentos, estabelecendo funções, atividades e a dinâmica como os setores se relacionam.  Esses recursos podem ajudar a promover um ambiente de trabalho mais colaborativo e eficiente.

Lideranças relatam comportamentos desafiadores

Os desafios impostos pela geração Z no ambiente de trabalho ocorrem em todo o mundo. De acordo com pesquisa feita pela plataforma de currículos ResumeBuilder.com, no ano passado, 74% dos líderes estadunidenses percebem esses jovens como os mais difíceis de se lidar no mercado, quando comparados aos profissionais de outras gerações. 

Dados de 2024 do ResumeBuilder.com revelam que mais de 30% dos recrutadores preferem contratar profissionais mais velhos, em vez dos candidatos da geração Z. Além disso, 30% precisaram demitir um colaborador Z depois de um mês do início do trabalho.

Alguns dos comportamentos desafiadores, segundo a plataforma, incluem questões de etiqueta, como se vestir inadequadamente para entrevistas, dificuldade de fazer contato visual, despreparo para a conversa e uso de linguagem inapropriada ao local de trabalho. 

As lideranças ouvidas no estudo relataram, ainda, falta de ética (57%); atrasos para o trabalho (34%) e em reuniões (25%); dificuldade de se relacionar com os colegas (22%) e mentiras (21%).

Os estudos indicam que os comportamentos que cada geração adota no ambiente laboral podem ser explicados a partir das experiências vividas. O fim da ideia de vínculo longo de trabalho com os empregadores é apontado como um dos fatores que pode influenciar o comportamento dos mais jovens. 

Pesquisadores apontam características da Geração Z

Conforme a pesquisadora na Universidade de Passo Fundo e autora da pesquisa “Nativos digitais: características atribuídas por gestores à Geração Z”, Daniela Siqueira Colet, em entrevista à imprensa, a geração Z valoriza o reconhecimento por parte dos seus superiores no ambiente de trabalho e deseja ascender rapidamente na carreira, além de buscar desafios e autonomia.

Segundo a especialista, eles chegam com otimismo, autoconfiança e ambições, características consideradas pouco presentes nas gerações anteriores. Também valorizam organizações que sejam socialmente responsáveis e que ofereçam um ambiente de trabalho saudável.

De acordo com o professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, como a geração Z prioriza o equilíbrio entre trabalho, remuneração e vida pessoal, ela não tem problema em entrar em uma companhia e mudar por se sentir incomodada com algo. Em entrevista à imprensa, ele comparou que se trata de uma perspectiva diferente em relação às gerações anteriores, que priorizavam uma carreira de estabilidade, com aposentadoria e plano de carreira.

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