Delegado fala sobre a importância dos pais fiscalizarem com frequência as redes sociais e celulares dos filhos

Por Mônica Vieira

PARATY
Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE nesta sexta-feira, dia 10, o delegado titular da 167ª Delegacia de Polícia (DP) de Paraty, Marcello Russo, fez um alerta sobre a importância dos pais fiscalizarem com frequência as redes sociais e celulares dos filhos. Um caso recente chama atenção ao assunto ocorrido na cidade, envolvendo uma menor. Ela foi vítima de um pedófilo de São Paulo em falso ‘namoro’ virtual que durou seis meses, onde produzia conteúdos íntimos, nua, sob coação emocional.
“O brasileiro é um dos povos que passa mais tempo passa conectado na Internet. Os crimes cibernéticos são os cometidos por meio de computadores, celulares, notebooks e tudo que tem contato com a rede mundial de computadores, conectados a Internet e redes sociais. Essa modalidade de crimes disparou no país”, disse o delegado, explicando que o Brasil tem uma incidência muito grande dessa modalidade criminosa.
Russo indica que o ideal é a criança não ter esse tipo de acesso, segundo especialistas, até os 12 anos, lembrando que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) classifica como criança pessoas de zero a 12 anos incompletos. “Caso venha acontecer, a posse tem que ser supervisionada por um responsável. Com limites de horários de acesso e do aparelho ficar na posse dos responsáveis/pais. Com as crianças, só quando eles forem ter acesso”, destacou.
O policial explica que no Play Stores existem aplicativos espiões, que você consegue controlar e limitar os acessos ao uso do aparelho, assim como o de sites proibidos para menores de 18 anos. “Você pode também baixar também APPs que vão tipo ‘clonar’ o WhatsApp, e todas as mensagens que seu filho tiver, você vai conseguir acompanhar. Ficar atento para esses dispositivos espiões, que é importante colocar nos celulares das crianças. Assim como um de localização, para que você sempre possa acompanhar como se fosse um GPS”, destacou o delegado, lembrando que são algumas medidas preventivas “além de realmente manusear no próprio aparelho, ver com quem falou, trocou mensagens, vídeos ou qualquer outro tipo de mensagem ou documento recebido ou enviado. Tem que ficar sempre fazendo essa pesquisa nos históricos no celular do seu filho menor”, finalizou o delegado Marcelo Russo.
CASO DO PEDÓFILO
Conforme divulgado pelo A VOZ DA CIDADE, na quinta-feira, dia 9, a equipe da 167ª DP prendeu em São Paulo um pedófilo, de 60 anos, que se passava por um menino de 14, em ‘namoro’ virtual com uma menor de Paraty. Ele teve acesso a conteúdos íntimos da garota, tudo por meio de celular, em mensagens onde ela era coagida emocionalmente a mandar imagens nuas para o criminoso. O caso foi descoberto após a mãe desconfiar da filha, muitas vezes isolada, e olhar no aparelho, procurando a Polícia Civil, que conseguiu identificar o criminoso.
O delegado ontem explicou que esse homem, que foi capturado em casa, em Cotia, e levado para Paraty, vai responder pelos crimes dos artigos 218-A do Código Penal (CP) e 240, Parágrafo: 1°, da Lei 8.069/90: induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer libidinagem. “As penas máximas somadas chegam a 12 anos de reclusão, caso condenado. Ele foi transferido para a Cadeia Pública Franz de Castro (Casa de Custódia) em Volta Redonda e passará por audiência de custódia”, disse nesta sexta-feira o delegado.

 

 

 

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