VOLTA REDONDA
O sindicalista Edimar Miguel Pereira que, no último dia 16, reassumiu a cadeira de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), informou que já se reuniu com os trabalhadores. Disse ainda que os próximos passos é verificar algumas questões pendentes desde que foi destituído do cargo pelo ‘Grupo dos Cinco’, em fevereiro deste ano.
O sindicalista contou ao A VOZ DA CIDADE que a decisão de parte da diretoria era nula por completo e violava frontalmente o Código Civil. Com isso, segundo ele, todos no seu interior sabiam que a situação era uma aberração sem tamanho. “Prejudicaram o andamento do Sindicato dos Metalúrgicos de forma irresponsável e a mediação de direito dos trabalhadores, os prejudicando muito”, desabafou, ressaltando que agora só pretende continuar trabalhando como sempre fez em defesa dos trabalhadores.
RELACIONAMENTO CO O GRUPO DOS CINCO
Edimar explicou que, quanto ao relacionamento com Grupo dos Cincos, é importante esclarecer que o sindicato é composto por 40 diretores. “Logo criar um grupo de apenas cinco, não houve motivo decente, propósito ou lisura. Quanto à possibilidade de alguém recorrer da decisão é difícil ver lógica jurídica, pois a farsa e o golpe praticados não tinham nenhuma base legal ou moral”, declarou Edimar.
O presidente lembrou ainda que, o Código Civil foi violado e, principalmente, desrespeitaram uma eleição extremamente plural com participação massiva dos trabalhadores e supervisão do Ministério Público do Trabalho. “Também prejudicaram muito o trabalhador ao colocar em votações propostas péssimas sem a devida defesa e esclarecimentos”, disse o sindicalista.
ACORDO COLETIVO
Em relação aos acordos realizados, Edimar disse que classifica como uma situação atípica, já que a negociação foi feita por pessoas que não tinham nenhuma legitimidade para fazê-los. “Já providenciamos um estudo jurídico e em breve vamos consultar os trabalhadores. O sindicato voltou a ser a casa do trabalhador, então vamos nos focar no seu melhor direito e interesse, ativar sua consciência, mas sempre a partir da vontade do trabalhador”, destacou.
Ainda de acordo com o presidente, após seu retorno ao sindicato duas ações foram primordiais. Uma delas foi reunir com toda a diretoria do sindicato e a outra, visitar os trabalhadores da região nas portas das empresas, o que está fazendo. Disse ainda que, seu maior desafio no momento é unir toda categoria com ações transparentes e lutar para recuperar os salários e direitos não pagos da categoria e isto faz bem para os trabalhadores, mas também para economia da região. Lembrou que seu posicionamento é intransigente na defesa do trabalhador e do sindicato. “Encaminhamos as irregularidades para autoridades competentes para adoção de medidas cabíveis e não vamos admitir irregularidades no sindicato. Porém, todos que estiverem no propósito de defender o trabalhador estarão junto conosco”, concluiu o presidente.