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Célia Jordão promove ações voltadas para o Março Violeta em cidades do Estado

Por Carol Macedo
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ESTADO/SUL FLUMINENSE

Março é o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, e em muitos locais, as ações voltadas para a conscientização de direitos acontecem ao longo do mês, não apenas no dia 8. Uma delas é para que as mulheres possam ocupar mais espaços, como, por exemplo, sendo viabilizados por meio de projetos de lei. A deputada estadual Célia Jordão (PL) é autora de um que, desde 2021, já é lei. Ele instituiu no Estado do Rio o Março Violeta, com ações voltadas para o combate à discriminação de mulheres no mercado de trabalho.

Nesta semana, por iniciativas suas, acontecerão ações e debates em Miracema (21), Rio de Janeiro (25) e Angra dos Reis (28). “O caminho profissional de uma mulher é quase sempre atravessado pela discriminação de gênero, seja no mundo corporativo ou na política. O Brasil vem avançando nas discussões de gênero, mas ainda há inúmeros desafios a serem superados”, disse a deputada.

Além disso, Célia já criou leis voltadas às mulheres, seja pela garantia do emprego, qualificação profissional, acesso à renda, ampliação da rede de proteção ou pela garantia da presença feminina nos espaços de poder. A deputada é também autora do Programa de Informação sobre a Política de Combate à Discriminação de Mulheres no Mercado de Trabalho no Estado do Rio de Janeiro e da Lei 9662/2022, que estabelece nas unidades da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e nos Centros de Geração de Emprego e Renda a reserva de vagas para mulheres vítimas de violência doméstica.

“Alcançar a plena igualdade de gênero exigirá a ampliação de políticas públicas que permitam a conquista efetiva de espaços de poder pelas mulheres, além da criação de mecanismos que reúnam informações sobre situações discriminatórias”, defende a deputada, que é formada em Direito, procuradora concursada da Câmara Municipal de Angra dos Reis e mãe de duas meninas.


NA POLÍTICA

Na Alerj, por exemplo, o crescimento da bancada feminina foi o maior nessa legislatura. Dos 70 parlamentares, 15 são mulheres, representando 21,4% do total dos parlamentares. Célia Jordão é uma delas.

Ao A VOZ DA CIDADE, a deputada lembrou que o número na Alerj realmente é muito significativo, se comparado ao que acontece nas Câmaras de Vereadores de todo o Brasil e também no Congresso Nacional, em Brasília. “Em 63% das câmaras do Brasil, não existe sequer uma mulher. Olhando na Câmara dos Deputados, dos 513, 91 são mulheres. Analisando ainda, é muito pouco o que temos de participação de mulheres nos espaços de decisão”, destacou a deputada.

Por isso, Célia Jordão defende os avanços na legislação eleitoral para garantir maior participação das mulheres nas eleições. “Ouvimos ainda pessoas resistirem em relação à legislação, criticando a questão de cota de gênero, mas as oportunidades não são iguais. Se olhar para competência, não há o que se discutir, mas se não houver um estímulo para garantir a participação delas, piora o desejo da mulher fazer parte das disputas porque naturalmente os homens acabam apoiando mais os que são do mesmo sexo. Precisamos dessa conscientização e da presença de mulheres no debate”, aponta, lembrando que é da presença de mulheres na política que saem, na maioria das vezes, as leis voltadas para o público feminino.

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