BARRA MANSA
O ex-deputado estadual e pré-candidato a prefeito em Barra Mansa, Marcelo Cabeleireiro, reforçou a partir desta quinta-feira, dia 15, seu protesto pelo descaso com os constantes acidentes envolvendo trens e carros que cortam a cidade. Ele tem falado constantemente, em suas redes sociais, sobre o assunto e garante que vai buscar apoios para evitar que os acidentes continuem acontecendo. “Não podemos tratar como rotina esses acidentes, que ocorrem com frequência na nossa cidade. Alguns, infelizmente, com vítimas. Desde que me entendo por gente, vejo Barra Mansa contabilizando acidentes nas linhas férreas. Pelas 12 passagens de nível ao longo do trecho que corta o município, milhares de pessoas atravessam as linhas, tendo que lidar com o risco real de sofrerem acidentes graves ou até mesmo perderem suas vidas”, enfatizou. Cabeleireiro ainda disse que os dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) sobre o tema são ainda mais assustadores. Ele diz que, nos últimos 20 anos, foram 117 acidentes, muitos deles com fatais. O ex-deputado conta ainda ter testemunhado o último acidente ocorrido no início de fevereiro, quando um carro foi abalroado por um trem na passagem de nível que fica em frente ao Parque da Cidade. Esse foi o segundo desastre registrado em apenas dois meses. Em janeiro, o senhor Expedito Vicente Rodrigues, morador do bairro Vila Nova, morreu no cruzamento da Rua Alberto Miguel, no Centro. “É inconcebível a insegurança das travessias férreas. Precisamos tomar medidas, inclusive judiciais, visando à redução da velocidade das composições, sendo que muitas passam pela cidade a 60 quilômetros por hora”, completou. Outro fator essencial apontado é a construção de mergulhões, previstos inicialmente nas obras de retirada do pátio de manobras. “Essas obras foram retiradas do projeto, sem consulta prévia da comunidade”, protestou Marcelo.
Instalação de cancelas Marcelo Cabeleireiro ainda disse que, segundo as operadoras dos trens que passam pela cidade, no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o trem possui prioridade na circulação, portanto, os demais veículos e pedestres devem aguardar sua passagem para atravessar a linha férrea em segurança. Segundo elas, a cancela não é um dispositivo obrigatório e que, mesmo com os outros recursos de sinalização nos locais, é importante parar, olhar para os dois lados e escutar antes de atravessar a ferrovia. Esta regra básica é fundamental para garantir a travessia segura. “Enquanto se discute a obrigatoriedade ou não da instalação de cancelas, só vemos crescer a estatística de vítimas em Barra Mansa. Quem atravessa a linha diariamente tem pressa, pois tem compromisso, horário a cumprir. Não podemos negociar vidas com os interesses das empresas operadoras dos trens, provando que nunca houve preocupação com a cidade”, finalizou.