BARRA MANSA
Impulsionadas pelo período de férias que se aproxima, as agências de turismo da cidade apontam que neste ano, quando muitas famílias já estão mais seguras pós-pandemia, a procura por pacotes de viagens tiveram um aumento que chegou a variar de 40% a 80%.
De acordo com a proprietária de uma agência localizada no Centro de Barra Mansa, Daniela Reis, muitas pessoas ficaram sem poder viajar nos últimos dois anos, o que refletiu diretamente na maior procura por pacotes para esta temporada. “Observamos de um ano e meio para cá, um aumento considerável. E, para essas férias, a procura chegou a 40% a mais do que antes da pandemia. As pessoas ficaram muito reprimidas, em casa, sem poder viajar e muitas só se sentiram seguras agora. A projeção para esse ano foi a melhor possível e prova disso é que, em regra geral, dos turistas que vão agora em janeiro, 80% fizeram um planejamento com antecedência, definiram o roteiro e pagaram a viagem antecipadamente”, afirma Daniela.
Segundo ela, os pacotes que a agência tem disponível hoje, mesmo estando fora da faixa de venda, ainda correm o risco de serem aproveitados por quem decidir fazer algum passeio de última hora. O que, segundo ela, aconteceu no ano passado, quando alguns destinos ainda estavam sendo vendidos entre os dias 26 a 30 de dezembro.
“O nosso trabalho nas próximas semanas, de dezembro a janeiro, é mais interno do que vendendo pacotes. Agora é hora de organizar os embarques, check-ins, porque vamos ter muita gente embarcando até o carnaval. Mas, também estamos preparados para atender quem decidir ir de última hora”, acrescentou.
Segundo a proprietária da agência, os destinos nacionais mais procurados são os de algumas cidades do Nordeste, incluindo Porto Seguro (BA), Maceió (AL), Natal (RN), além de Gramado (RS) por causa do Natal Luz promovido na cidade gaúcha. No roteiro internacional, cidades como Buenos Aires, na Argentina e o Chile são os que saem na frente.
Para quem deseja incluir um desses pacotes nos planos para 2024, Daniela ressalta que o mais importante é o planejamento e a organização financeira. Isso, segundo ela, é o que a possibilita garantir tarifas menores e que impactem o menos possível no orçamento. “Nós criamos essa política, de orientar nossos clientes sobre o planejamento, até para que eles gastem menos e possam fazer outros passeios. Os cruzeiros neste ano voltaram com tudo, mas , para se ter ideia, quem fechou com antecedência pagou R$ 3 mil e quem quiser negociar agora vai ter um custo de R$ 10 mil”, comparou Daniela, ao ressaltar que um grupo de 20 turistas da agência desembarcaram nesta terça-feira do porto do Rio de Janeiro e que outro grupo, com 50 pessoas, está programado para o mês que vem.
De acordo com a supervisora de outra agência de Barra Mansa, Sarah Duque, a procura por viagens no local chegou a 80%, um fator que segundo ela está diretamente ligado a descoberta por parte dos turistas sobre as facilidades que hoje em dia as empresas do setor oferecem para quem deseja fazer um passeio com a família. “As agências estão mais acessíveis para os turistas que, por exemplo, têm a oportunidade de parcelar a viagem no boleto ou cartão de crédito em até 12 vezes. Esse, com certeza, será o melhor período após a pandemia e nós já fechamos muitos pacotes para o Nordeste, incluindo Porto Seguro, Natal e Maceió, mas também para Santa Catarina, Gramado, sendo a maioria para famílias e casais”, destacou Sarah, ao informar que a média de custo para de uma passeio para o nordeste, de uma família com quatro pessoas, é de R$ 10 mil para seis dias.
Viagem programada
A autônoma Rafaela Fonseca da Cunha, de 25 anos, e o marido, o profissional de Tecnologia da Informação, Hugo da Cunha, de 25 anos, estiveram nesta terça-feira, dia 5, em uma agência, para fazer o orçamento e o planejamento da viagem que farão em março do ano que vem. “Nos temos três anos de casado e essa é a viagem mais longa que vamos fazer, até porque teve a pandemia. Ainda não definimos para onde e estamos em dúvida entre Gramado e Jericoacoara. Já estamos pesquisando esses locais e agora só falta estudar mais um pouco para daqui a duas semanas a gente fechar. Se não tivéssemos feito o planejamento, seria impossível porque a gente quer viajar em março, logo após o período de festas e carnaval, quando os gastos já são muito grandes”, disse Rafaela.