BARRA MANSA
Barra Mansa pode obter ainda neste ano a inédita Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV. Já foi enviado um relatório pela Secretaria de Saúde ao Ministério da Saúde e no mês passado uma equipe técnica do órgão da união esteve na cidade conhecendo de perto as ações realizadas. Apenas a cidade e Petrópolis em todo o Estado estão aptas a receber essa certificação.
A transmissão vertical da Aids é a da mãe para o seu filho. Ainda é a principal via de infecção por HIV na população infantil, segundo o Ministério da Saúde. Esse método de transmissão responde por aproximadamente 90% dos casos de AIDS relatados em crianças menores de 13 anos. Estima-se que de 15 a 30% dos bebês nascidos de mães soropositivas para o HIV adquiram o vírus durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
O Programa de IST/Aids atua em Barra Mansa na prevenção da transmissão vertical do HIV, dentro do Hospital da Mulher, nas unidades de Atenção Primária à Saúde, no Laboratório Municipal, entre outros dispositivos da rede municipal de saúde. Quando uma gestante tem o diagnóstico positivo do HIV, ela realiza o pré-natal de risco no Hospital da Mulher e é atendida pelo Programa IST/AIDS. Após o nascimento, a criança é acompanhada por um infectologista pediatra e recebe uma fórmula láctea infantil fornecida pelo estado.
“Nós temos uma equipe que trabalha diariamente em busca de melhores resultados. Realizamos testes rápidos em todas as unidades de Atenção Primária e ocorre um trabalho de intersetorialidade envolvendo o Programa IST/AIDS, o Hospital da Mulher e as unidades de saúde. E como consequência desse trabalho, não temos nenhuma criança contaminada por transmissão vertical do HIV, o que é algo a ser destacado”, declarou o secretário de Saúde de Barra Mansa, Dr. Sérgio Gomes.
Tatiane Tavares Ferreira, enfermeira do Programa IST/AIDS de Barra Mansa, enfatizou a natureza extensa e detalhada do relatório enviado ao Ministério da Saúde em julho. Ela destacou que a coleta e apresentação de dados demandaram tempo e esforço significativos. “Nosso trabalho foi altamente elogiado pelo Ministério da Saúde. A equipe elogiou a minúcia do nosso relatório, e recebemos uma avaliação muito favorável. Embora os resultados oficiais estejam pendentes, espera-se que sejam anunciados em outubro deste ano,” acrescentou.