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Vacina contra Covid-19 é fundamental para combater novas variantes, diz especialista

Por Lara Salles
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BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE

Com o fim da emergência sanitária global e com a queda no número de óbitos em consequência da Covid-19, a busca pela vacinação caiu consideravelmente. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil foram aplicadas apenas 27 milhões de doses do imunizante bivalentes, o que equivale a um índice de cobertura vacinal de 15,51%, número considerado bem abaixo do ideal. No Sul Fluminense, a situação não é diferente, cidades como Barra Mansa, Volta Redonda e Angra dos Reis também relataram uma baixa adesão da população aos novos imunizantes.

Não é só a vacina bivalente que está com uma baixa procura. No começo deste mês, o boletim Observa Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), mostrou que foi reduzido o número de crianças com até cinco anos que tomaram pelo menos duas doses da vacina. Dados do Ministério da Saúde, usados para análise da pesquisa, indicam ainda que apenas 11,4% das crianças com idade entre seis meses e cinco anos, foram imunizadas com duas doses.

Para o médico pneumologista de Barra Mansa, Gilmar Zonzin, a baixa procura pela vacina está na diminuição do número de casos, o que levou a um ‘relaxamento’ por parte da população. “Acreditamos que isso vem do fato de não estarmos vivendo mais aquela onda de mortandade, de catástrofe e é então neste momento que passa a ser mais do que importantes os alertas dados pelos cientistas, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos meios de comunicação, de que se a nossa situação hoje é muito melhor do que já foi há algum tempo, ela não se encontra em um nível de segurança que permita um grau absoluto de relaxamento. Consequentemente, isso não permite que nós venhamos a abrir mão de imunizações adicionais que se encontram disponíveis e que podem ajudar a reverter de forma definitiva esse quadro que apenas mudou parcialmente”, falou.

AUMENTO DE CASOS NO MUNDO E NOVAS VARIANTES

Entre 10 de julho e 6 de agosto, a OMS registrou a nível mundial o aumento de 80% dos casos de Covid-19, em comparação com os 28 dias anteriores. Uma das hipóteses é que a EG.5, apelidada de Eris, e a BA.6, subvariante da Ômicron, estejam relacionadas aos casos. Segundo a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), a EG.5 já foi identificada em 51 países e se tornou predominante nos Estados Unidos e Japão. Já a BA.6, foi relatada em Israel e na Dinamarca.

Nesta quarta-feira, dia 30, a Secretaria de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante EG.5 na cidade. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais sintomas. De acordo com a SMS, ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem.


Ainda segundo a secretaria, o paciente não havia tomado a dose de reforço com a bivalente contra Covid-19. O pneumologista Gilmar Zonzin reforça que manter a imunização contra doença é de extrema importância para combater as variantes do vírus. “A última grande cepa vigente que circula entre nós como cepa prioritária é a Ômicron e as vacinas bivalentes são colocadas exatamente na variante original e na Ômicron. As novas variantes BA.2.86 e Éris, são subvariantes dessa cepa e apesar de ter diferenças da Ômicron original, apresentam características semelhantes. Então mesmo o imunizante não tendo sido feito ‘emoldurado’ para combatê-las, ele foi feito para linhagem original delas, que é Ômicron, e isso retém sim efetividade. É importante lembrar que a vacina não é ineficiente e consegue reduzir os riscos associados à doença por essas variantes”, relata, acrescentando que apesar da Éris e da BA não terem apresentado um aumento no número de mortes, continua sendo indispensável se prevenir contra doença.

DADOS DE VACINAÇÃO

Um levantamento realizado em três cidades do Sul Fluminense: Volta Redonda, Angra dos Reis e Barra Mansa, mostra que a vacina contra Covid-19 está baixa.

Volta Redonda, a maior cidade da região, informou que a maioria dos moradores estão com os esquemas vacinais apenas até a terceira dose. “A população acha que já se imunizou, temos há algum tempo uma situação de controle de casos e com isso, a população se acha protegida e não
procura o reforço da vacina bivalente, o que não é verdade”, explicou o médico sanitarista da SMS, Carlos Vasconcellos, completando que na população adulta a procura na cidade é bem maior do que os 15% no Brasil.

Em Angra dos Reis, as taxas de aplicações até o momento são: 1ª dose (de 3 anos ou mais) – 75% da população; 2ª dose (3 anos ou mais) – 68, 9% da população; 3ª dose (primeiro reforço – 12 anos ou mais) – 45, 6%; 4ª dose (segundo reforço – 18 anos ou mais) – 14, 2%.  “Em relação aos imunizantes bivalentes, que também são considerados como reforço, foram aplicadas 12.626 doses no total. O reforço pode ser administrado em qualquer pessoa que tenha recebido pelo menos duas doses de vacinas monovalentes”, diz a nota da prefeitura.

Já Barra Mansa, informou que o número está abaixo do esperado, mas não divulgou dados da taxa de aplicação.

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