BARRA MANSA
Por unanimidade, os profissionais da Educação decidiram aceitar a proposta de 41% e com isso voltam as salas de aula já nesta quarta-feira, dia 30. Na manhã de terça-feira, dia 29, o prefeito Rodrigo Drable ofereceu 41% de regência durante reunião com o Sepe, e coube aos profissionais decidirem em assembleia extraordinária realizada no Colégio Leonísio Sócrates Batista os rumos do movimento que durou uma semana.
A greve foi iniciada no último dia 22 devido a alteração da regência de 95% para 20%, após a obrigação na Justiça para pagamento do piso nacional do magistério e a prefeitura alegava não ter dinheiro para manter o abono no percentual de 95% e anda fazer o pagamento.
As propostas para acordo e encerrar a greve foram: aumentar o adicional de magistério para 41%, que alcança o limite da lrf, com a exclusão dos investimentos; retirar o critério de avaliação do adicional de magistério; vetar o artigo 5º da mensagem 17, que alterava o Plano de Cargos e Salários (PCCS); abono das faltas, com reposição de calendário; criação de grupo de trabalho, por lei, para acompanhamento das evoluções de receitas, despesas, capacidade de absorção da lrf, e enquadramentos, a ser composto com paridade na qual participaria Sepe, câmara, secretarias de Finanças (contabilidade e tesouraria), Administração (rh) e Educação.
O prefeito Rodrigo Drable, divulgou um vídeo falando do fim da greve. “Nesse processo todo, a minha preocupação foi de permitir que fosse feito, fosse sustentável. O acordo que foi feito permite que ao longo dos anos a carreira tenha progressão. É obvio que fizemos concessão para aumentar para 41%,tivemos que cortar alguns investimentos, mas isso fruto de negociação para que as nossas crianças sejam atendidas e as aulas voltem”, disse, ressaltando que o diálogo foi estabelecido e que ações em conjunto com o Sepe serão realizadas para permitir que a “harmonia prevaleça”.
ABERTURA DE DIÁLOGO
De acordo com o diretor do Sepe núcleo Barra Mansa, Carlos Roberto de Almeida (Betto), a proposta não era a das melhores, mas conseguiram manter diversos benefícios. “O ideal era manter os 95%, mas se fosse isso perderíamos o Piso Nacional. Então, conseguimos manter o piso, o plano de cargos. Não era o que queríamos, mas já foi um avanço conquistado através de luta e finalmente, abrimos diálogo com o governo. É importante ressaltar que vamos manter o estado de greve, voltaremos as salas de aula sim, mas vamos acompanhar os desdobramentos desta decisão e qualquer coisa voltamos a entrar em greve”, destaca Betto.
Mudanças
Com a proposta, os professores de 20 horas das séries iniciais (creche, educação infantil e 1º ao 5º ano) receberão R$ 2.210,28 de piso nacional e com 40% de regência terão mais R$ 906,21, totalizando R$ 3.116,49. É basicamente o mesmo que ganham sem o piso e com a regência de 95% e o salário atual, R$ 3.039,11. O aumento será de R$ 77,38.
Os professores do 6º ao 9º ano, que cumprem 22 horas, receberão, se aprovada a proposta de regência de 41%, R$ 2.431,30 de piso nacional e com o percentual daria R$ 996,83, totalizando R$ 3.428,13. Com o piso atual ganham R$ 1.714 e a regência de 95% chega a R$ 3.342,30. O aumento será de R$ 85,83.