BARRA MANSA
Marcelo Carvalho foi preso na terça-feira, dia 27, pelos agentes da 90ª Delegacia de Polícia, em Volta Redonda. O advogado é suspeito de tentar atrapalhar as investigações da Polícia Civil referentes a Operação Open Door (Portas Abertas), desencadeada no dia 9 de agosto do ano passado.
Segundo informações, o advogado estaria chantageando jovens a não relatarem para a polícia o que sabiam sobre o caso e nem os nomes de outras pessoas envolvidas.
A prisão foi decretada pelo juiz da 2° Vara Criminal de Barra Mansa, Willian Satoshi. Procurado pelo A VOZ DA CIDADE, o delegado titular da 90ª DP, Ronaldo Aparecido, disse que ainda não vai se manifestar sobre o caso.
A OPERAÇÃO
A Operação Open Door (Portas Abertas) foi realizada em agosto e outubro do ano passado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. Foi coordenada pelo delegado Ronaldo Aparecido e contou com a participação de 190 agentes, entre policiais civis da delegacia de Barra Mansa, capital, Baixada Fluminense e algumas delegacias do interior e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Vinte e oito pessoas foram presas e diversos materiais como celulares, computadores e até carros de luxos, apreendidos. Foram presas 28 pessoas em agosto e mais três pessoas em novembro.
O objetivo era desarticular uma quadrilha que desviava dinheiro de contas bancárias, depositadas em nomes de laranjas. De acordo com a polícia, foi comprovada a existência de uma complexa organização criminosa, atuando de forma estruturada na região, que em oito meses desviou mais de R$ 2 milhões de contas.
A operação visava cumprir 33 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão no Sul do Estado. Foi constatado pela polícia que os integrantes da quadrilha levariam uma vida de ostentação e luxo, que iam além dos carros apreendidos, gastos entre R$ 30 a R$ 50 mil em noitadas, aluguéis de lanchas. Foram apreendidos 16 carros e uma moto, além de diversos aparelhos de celulares e computadores.
A polícia apontou que a organização agia através da ação de hackers, cabeças, aliciadores e laranjas. De acordo com Ronaldo Aparecido, a quadrilha possuía uma clara divisão de tarefas, com o objetivo de praticar crimes de furto mediante fraudes, tendo como vítimas os correntistas das mais variadas instituições financeiras.