RESENDE
Os pacientes da rede municipal que necessitam de atendimento imediato para a cirurgia de colocação de prótese, o procedimento de artroplastia do colo do fêmur, são assistidos no Hospital de Emergência Henrique Sérgio Grégori, no Jardim Jalisco. Na unidade, os pacientes clinicamente diagnosticados recebem gratuitamente a prótese do fêmur, o osso mais longo e mais volumoso do corpo humano, localizado na coxa – ligando-se ao joelho na extremidade inferior e à pelve na extremidade superior.
Há relato de pacientes que chegavam a aguardar até 60 dias internados no hospital esperando por uma transferência e a cirurgia em instituição fora do município. Segundo o diretor técnico do Hospital de Emergência, Eugênio Bruno Cambraia, antes da iniciativa do governo municipal em adquirir as próteses e fazer a intervenção cirúrgica, era preciso aguardar as respostas de hospitais federais e estaduais para encaminhamentos. “O paciente jovem com uma fratura do colo do fêmur não pode ficar 45, 60 dias aguardando por uma cirurgia de artroplastia, colocar uma prótese no quadril. Então, desde junho de 2017 nós já temos à disposição pra qualquer necessidade de cirurgia de urgência, antes era complicado porque esses pacientes ainda tinham que fazer consulta de revisão nesses hospitais fora de Resende, onde faziam as cirurgias”, informa.
Um dos pacientes assistidos, o aposentado Sebastião Natalino, ficou três dias internado aguardando a cirurgia. “Com um dia já sai dando os passos, muito satisfeito. Graças a Deus tenho sido muito bem tratado”, afirmou o aposentado, que teve a companhia da esposa, a dona de casa Matilde da Silva. “Não esperava ter essa assistência que tivemos aqui (Hospital de Emergência), ser tão rápido assim e Graças a Deus estão dando tudo certo”, frisa. O pedreiro Francisco de Assis, foi operado em 2017 e agora retorna ao hospital somente para as consultas de rotina “Minha perna doía muito e depois da cirurgia ficou uma beleza. Pra mim foi muito bom, não tenho o que reclamar do médico”, comenta.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, o governo municipal investiu R$ 375 mil para realizar o atendimento. As próteses são utilizadas conforme baixa de ata de registro de preço, segundo o governo com a finalidade de não desperdiçar recursos. “Foram cinco pacientes operados desde 2017. Pessoas que dão entrada no pronto socorro, vítimas de trauma. As fraturas são avaliadas dentre outros fatores, como idade e qualidade óssea para indicar a colocação de prótese no quadril. As próteses foram adquiridas para atender aos pacientes vítimas de trauma com fratura no quadril. São procedimentos de emergência, portanto não existe fila de espera. A indicação clínica é a fratura do colo do fêmur”, explica Eugênio Cambraia.
A fratura do colo do fêmur tem como tratamento indicado a cirurgia, com colocação de placas, parafusos ou próteses metálicas. A recuperação completa é lenta e vária conforme cada paciente. A lesão corre habitualmente em pacientes idosos, associando dois fatores em conjunto: traumatismo da região do quadril e ossos fracos.