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Pezão retorna à militância do MDB e novo presidente fala de pré-candidatura em Piraí

Por Carol Macedo
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PIRAÍ

Luiz Fernando Pezão retornou à militância do MDB. Nesta terça-feira, 9, foi recebido pelo presidente do partido estadual, o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis, que já até falou de sua pré-candidatura a prefeito de Piraí. “É com alegria que o MDB tem o retorno do futuro prefeito de Piraí”, disse.

O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro e ex-prefeito de Piraí, lembrou que ocupou esses cargos nesse partido, que está na legenda há cerca de 16 anos. Não tinha se desfiliado, mas deixou de militar devido ao ocorrido judicialmente.

Por diversas vezes questionado pelo A VOZ DA CIDADE se viria como pré-candidato em 2024 a prefeito de Piraí, Pezão dizia que estava concentrado em seu processo judicial e queria provar inocência. A Justiça decidiu no dia 12 de abril o que ele tanto queria. Foi uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que absolveu Pezão, por unanimidade, de todas as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa dentro da Operação Lava Jato.

Ontem, mais uma vez, foi questionado sobre a possibilidade de retorno a vida pública. “Estou voltando a conversa política, com a militância. Não tenho ainda nada concreto de que irei disputar a eleição do ano que vem. Verei isso no final do último trimestre deste ano”, apontou em entrevista.


NA JUSTIÇA

O ex-governador tinha sido condenado a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão em junho de 2021 por corrupção.

A sentença, publicada pelo juiz Marcelo Bretas, atribuía crimes que dizem respeito às operações Calicute, Eficiência e Boca de Lobos, todas desdobramentos da Lava Jato no Rio. Bretas considerou em sua sentença que Pezão, ex-vice-governador de Sérgio Cabral, deu continuidade aos crimes, após assumir o Governo do Estado. Ele foi preso em novembro de 2018 quando ainda estava no cargo. Em dezembro de 2019 deixou o presídio e passou a usar tornozeleira eletrônica.

Bretas foi afastado de suas funções no início desse ano pelo Conselho Nacional de Justiça, sob suspeita de agir em conluio com o Ministério Público Federal e um advogado de defesa que atuou em diversos casos da Lava Jato. Os desembargadores do TRF 2 entenderam que o ex-governador foi prejudicado pela ação ajuizada pelo MPF, que se baseava em uma delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral, que teve Pezão como seu vice. Nessa delação, Cabral afirmava que em seu governo, uma empresa de terraplanagem pagou propinas para ser favorecida em licitações. E essa prática teria continuado na gestão de Pezão.

A decisão cabe recurso por parte do Ministério Público. Pezão disse que entrará com processo de danos morais contra o Estado.

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