Salário mínimo de R$ 1.320 entra em vigor e especialista fala como economizar

Por Andre

SUL FLUMINENSE

O trabalhador que recebe salário mínimo teve o segundo reajuste do ano, a remuneração mensal passou de R$ 1.302 para R$ 1.320. A medida provisória com o aumento foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O valor de R$ 1.320 originalmente estava previsto no Orçamento Geral da União de 2023. No entanto, foi adiado em quatro meses porque o salário mínimo neste valor não permitiria pagar os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante todo o ano.

O aumento para R$ 1.320 ficou em discussão porque os R$ 6,8 bilhões destinados pela Emenda Constitucional da Transição se mostraram insuficientes para bancar o aumento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atrelados ao salário mínimo. Isso porque a forte concessão de aposentadorias e pensões no segundo semestre do ano passado criou impacto maior que o estimado para os gastos do INSS neste ano.

De acordo com o Ministério da Fazenda, além dos R$ 6,8 bilhões, o governo precisaria de R$ 7,7 bilhões para bancar o aumento do salário mínimo para R$ 1.320 ainda em janeiro. Inicialmente, a equipe econômica queria adiar o reajuste para 2024, mas o governo conseguiu encontrar recursos para o novo aumento do mínimo. O dinheiro veio do recadastramento do Bolsa Família, que eliminou 1,2 milhão de beneficiários em situação irregular apenas em abril.

De acordo com o economista e professor da Estácio, Eduardo Amendola, o aumento nominal salário mínimo em R$ 18 não irá representar uma grande mudança na vida dos trabalhadores, mas a sinalização enviada a sociedade com esse segundo reajuste em 2023 reforça a reorientação na política de permanente valorização do salário. “Em 1º de maio o salário teve um aumento de 7,4%, esse aumento não foi o suficiente para recompor a perda inflacionária de referência. (IPCA de setembro de 2022 acumulado em 12 meses -8,34%). Com esse novo aumento, o reajuste do salário-mínimo em relação a 2022 foi de 8,9%, um aumento maior que a inflação. Dessa forma o poder de compra dos trabalhadores foi mantido”, destaca.

Ainda de acordo com Amendola, economizar dinheiro pode exigir esforço e disciplina, mas pode ser muito recompensador a longo prazo e dá algumas dicas para o consumidor.

– Faça um orçamento: comece anotando todas as suas despesas e receitas em um caderno ou aplicativo. Isso ajudará a entender para onde está indo o seu dinheiro e onde é possível economizar.

– Priorize gastos essenciais: certifique-se de pagar primeiro as despesas essenciais como aluguel, contas de água, luz e comida.

– Faça compras com consciência: elabore uma lista de compras antes de ir ao supermercado e evite fazer compras por impulso. Também é possível economizar comprando marcas mais baratas ou comprando a granel.

– Compre usados: quando possível, compre itens usados em vez de novos. Isso pode incluir roupas, livros e eletrônicos, por exemplo.

– Reduza gastos com lazer: tente encontrar atividades de lazer que não custem muito dinheiro, como caminhadas, piqueniques, jogos de tabuleiro em casa, entre outras.

– Evite comer fora de casa: cozinhe em casa e leve sua própria comida para o trabalho ou escola em vez de comer fora. Isso pode economizar muito dinheiro ao longo do tempo.

– Use transporte público ou bicicleta: se possível, evite usar o carro ou o táxi e use o transporte público ou bicicleta. Isso pode economizar muito dinheiro e, gasolina e estacionamento.

– Corte gastos desnecessários: considere cancelar serviços que não são essenciais, como TV por assinatura.

Projeto

Após os dois reajustes deste ano, um em janeiro e outro agora em maio, o governo busca discutir uma política de valorização permanente do salário mínimo a partir de 2024. Na última sexta-feira, dia 28 de abril, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que o governo em breve enviará um projeto de lei que retoma a fórmula que vigorou de 2012 até 2019.

Pela política anterior, o salário mínimo era corrigido pela inflação do ano anterior, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, haverá apenas a reposição pela inflação. O Ministério da Fazenda defendia outra fórmula, que incluiria a variação do PIB per capita e teria impacto menor no Orçamento, mas foi vencido.

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