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Professores do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) declaram greve por falta de pagamentos

Por Franciele Aleixo
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O corpo docente do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM) estão em greve. O motivo é o atraso do pagamento, 13 º salário e férias. De acordo com a categoria, desde abril não há pagamentos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores do Sul Fluminense (Simpro), João Marques, foram inúmeras negociações, até que o ato fosse deflagrado. “Foram muitas propostas, muitas negociações, promessas, até que a situação ficasse insustentável, são aproximadamente 110 professores, muitos que dependem somente do UBM para manterem seus lares”, informa João, acrescentando que a greve foi declarada no último dia 11 e segue até o pagamento das pendências.

A representante de turma, Patrícia Arruma destaca que participou de reuniões com mantenedores e nada foi resolvido. “O calendário informava que as aulas voltariam em 25 de julho, mas foi adiado sem data prevista, apagaram posts das redes sociais, trancaram comentários. Está um caos, alguns os professores do colégio voltaram, mas o quadro ainda está incompleto”, disse.

Através de nota oficial, a comissão de professores destaca que os professores e demais funcionários do UBM estão vivendo o que chamam de “graves violações” nos direitos trabalhistas. “Para nossa tristeza, o Centro Universitário De Barra Mansa- UBM, está há 112 dias sem pagar o salário de abril – ou seja, praticamente 4 meses – e há mais de 234 dias sem depositar a 1ª parcela do 13º de 2021 além de não pagar as férias docentes e deixar impagos os valores de FGTS ao longo de anos e anos. No último semestre letivo, fomos compelidos a aceitar o silêncio e a falta de transparência dos dirigentes. Fomos enganados com promessas falsas de depósito de salários. Fomos cobrados e realizamos diversas atividades acadêmicas e laborais sem questionar, tudo em prol do corpo discente desta instituição de ensino, sem que a obrigação de nos remunerar fosse efetivada”, diz a nota.


O comunicado informa ainda que o primeiro passou foi a construção de um diálogo e a direção foi procurada. E não houve êxito. Ressaltaram que há uma prática comum da universidade em atrasar e parcelar o pagamento dos salários dos funcionários “com longos e costumeiros atrasos”. “O atraso no pagamento dos salários não é a única nefasta conduta ilegal de tal empresa. Não satisfeita, não recolhe as contribuições previdenciárias. Estamos cansados, sem condições financeiras e exauridos emocionalmente para manter a nossa conduta honesta, ética e primordial de ministrar aulas e trabalhar, sem que haja a contrapartida obrigatória do UBM”, aponta a nota, ressaltando o direito fundamental no pagamento dos salários e os atrasos causam transtornos desnecessários e vexatórios. “Isso é inconstitucional, desumano e vergonhoso! Muitos professores e funcionários estão impossibilitados de honrar seus compromissos financeiros. O UBM sabe disso e nada faz”, acusa o comunicado.

A categoria pede o pagamento dos salários atrasados e de todos os consectários trabalhistas com juros e correção monetária, segundo a CLT, até o início do semestre letivo de 2022. Uma petição pública foi criada através do link https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR126116.

O A VOZ DA CIDADE tentou por inúmeras vezes contato com a direção da instituição, mas não obteve retorno.

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