VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda, em parceria entre as secretarias municipais de Cultura (SMC) e da Pessoa com Deficiência (SMPD), organiza a I Mostra de Arte e Cultura Surda. Os trabalhos de artistas surdos do município farão parte de uma exposição na Galeria de Arte da Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília. A abertura está marcada para o próximo dia 11 de julho, dentro da programação em comemoração aos 68 anos de Volta Redonda, no dia 17 de julho de 2022.
Durante o trabalho, a equipe da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência identificou que muitos surdos se dedicam as artes visuais, sem oportunidade de apresentar as criações para o grande público. “Decidimos então convocar estes artistas para uma exposição coletiva, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura”, explicou o secretário da SMPD, Washington Uchôa.
INTERESSADOS EM PARTICIPAR
Os artistas surdos interessados em participar da mostra devem deixar suas obras na sede da Secretaria da Pessoa com Deficiência, na Rua 17 de Julho, no Aterrado. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, e o número do telefone e (24) 3339-9031, até o próximo dia 24 de junho (sexta-feira). “Todos os tipos de arte são bem-vindas. Pode ser desenho, pintura ou escultura”, reforçou Uchôa.
De acordo com o secretário Municipal de Cultura, Anderson de Souza, que é artista visual, a acessibilidade cultural é uma pauta nacional e Volta Redonda inicia este trabalho de inclusão pela I Mostra de Arte e Cultura Surda. “Muito se avançou em termos de acessibilidade nos setores de esporte, mobilidade urbana e educação, por exemplo, mas o setor cultural não acompanhou este ritmo. Quando uma Pessoa com Deficiência (PCD) vai a uma exposição de arte, dificilmente encontra um ambiente preparado para recebe-la”, afirmou Anderson.
O secretário de Cultura lembrou ainda que, em Volta Redonda, esta realidade começa a mudar com a I Mostra de Arte e Cultura Surda. Destacou ainda que, além dos artistas serem todos surdos, será feito um trabalho de audiodescrição para apresentar os trabalhos para o público com deficiência visual. “Uma iniciativa inédita na região”, explicou Anderson Souza, que também vai ministrar a palestra “A importância da arte como ferramenta de inclusão social” no dia 11 de julho, durante a abertura da mostra com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).