SUL FLUMINENSE
Os empresários do setor de serviços continuam otimistas com a retomada econômica e o crescimento dos negócios nos próximos três meses, segundo pesquisa feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ). Na sondagem, feita no início do mês, 82% dos entrevistados esperam que a situação melhore ou melhore muito, índice superior à pesquisa anterior que registrou 79,5%.
No novo levantamento, apenas 13,3% acreditam que a situação permaneça igual, enquanto 4,7% esperam que a situação dos seus negócios piore ou piore muito. A pesquisa mostra ainda que para 31,4% dos entrevistados o panorama de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses. O resultado da última sondagem apontou um índice de 28,3%. Para 31,6%, a situação piorou ou piorou muito. Disseram que permaneceu igual, 37%.
De acordo com a presidente do Sindicato Comércio Varejista Barra Mansa, Quatis e Rio Claro (Sicomércio), Lilian Panizza, expectativa dos comerciantes é boa em relação aos próximos meses. “Estamos com uma perspectiva muito boa, tivemos um momento muito difícil no auge da pandemia quando vários comércios fecharam. Em contrapartida, muitas outras lojas estão abrindo, e ainda há muitos empreendedores trabalhando em casa, de forma online. As vendas tendem a melhorar, saímos de ótimas vendas no dia das mães, boas perspectivas para o dia dos namorados, dia dos pais e temos a Semana da Pátria, tudo isso fomenta o comércio.
O empresário e representante de uma rede de drogarias, Hugo Tavares Nascimento, comenta que também já percebeu o otimismo dentre os empresários. “Vejo muitos lojistas otimistas, a maioria dos setores já houve retomada total das atividades, principalmente os setores de eventos e turismo que ficou durante muito tempo reprimido, esses setores movimentam grande parte do varejo trazendo otimismo aos empresários”, cita.
Mais dados
Sobre os principais fatores que limitam os seus negócios, a pesquisa mostra que 45,2% dos empresários apontam a demanda insuficiente, seguida das restrições financeiras (45%). A falta de mão de obra aparece com o terceiro limitador dos negócios, com 13,5%, enquanto a falta de espaço e/ou equipamentos figura aparece com 12,3%.
Quase 40% disseram que a demanda diminuiu ou diminuiu muito pelos bens e serviços de suas empresas nos últimos três meses. Sobre a demanda nos próximos três meses, 66,9% esperam que aumente ou aumente muito, praticamente o mesmo índice (66%) da última pesquisa no mês de abril. Apenas 8,1% acham que a demanda diminuirá ou diminuirá muito nos próximos três meses, enquanto 25% dos consultados acham que se estabilizará.
Empregos
Sobre o quadro de funcionários nos últimos três meses, a pesquisa do IFec RJ revela que 12,8% afirmam que diminuiu muito e 19% que diminuiu. Para apenas 9,2% dos entrevistados houve algum tipo de aumento das contratações nos três meses passados.
Estoques
Em relação ao abastecimento dos estoques nos últimos três meses, 54,1% disseram que ficou igual ao planejado, enquanto 39,8% afirmaram que ficou abaixo do planejamento feito. Apenas 6,1% relataram que seus estoques ficaram acima do planejado.
Inadimplência
O índice de empresas que não ficaram inadimplentes nos últimos três meses caiu em relação à pesquisa anterior. Em abril, esse número chegou a 51,4%. Agora em maio, ficou em 48,9%. As inadimplentes ou muito inadimplentes ficaram em 29,2%. Das empresas que tiveram dívidas, os cinco principais gastos estão associados a fornecedores (31,1%), aluguel (29%), bancos comerciais e luz (28,3%) e tributos federais (25,4%).