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Verão incentiva venda de água mineral em garrafão

Por Idel Pinheiro
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RESENDE

Matar a sede pode custar caro, apesar de a água potável ser abundante em praticamente todos os municípios brasileiros. Devido ao calor e os riscos do consumo de água contaminada, ou com tratamento insuficiente, só faz crescer o numero de famílias e estabelecimentos comerciais que adotam na rotina diária o uso de água de garrafão. Entre os volumes disponíveis no mercado, destaque para o de 20 litros, vendido com vasilhame e também de forma retornável.

Com a alta da estação do calor os preços praticados em Resende vêm crescendo desde o fim de 2017. Em média, o consumidor encontra o garrafão de 20 litros a R$ 10, de forma retornável (entregando o garrafão vazio e retirando cheio), ou amarga R$ 30 para comprar o produto completo – água e vasilhame. As variações de preço são constantes, principalmente se o produto for entrega, o que acresce mão de obra e combustível em ao menos R$ 2. Na retirada in loco, os preços variam conforme fabricante e tipo de vasilhame. “O valor para retirada no posto custa R$ 9, para entrega a domicílio sobe R$ 1 para endereços próximos e até R$ 5, se for pra local mais distante. Nesta época as vendas sobem em torno de 20%. Temos uma média de 80 pedidos de água ao dia, quando o Sol está forte então, sobe para mais de 100. É um mercado rentável e trabalhoso”, conta o empresário Mário de Souza.

A dona de casa Elisângela Ferreira, 45, não fica sem a água em garrafão em casa. “Passei a utilizar depois de alguns problemas de saúde com os filhos pequenos, onde os médicos recomendavam verificar a qualidade da água consumida. Desde então, não abandonei o costume. Não confio em água da caixa d’água, mesmo filtrada porque o volume de cloro pode ser sentido pelo odor. Somos quatro pessoas, um garrafão dura em média 25 dias, o que não é tão oneroso”, conta, a moradora da Vila Julieta.

Na residência do aposentado José da Silva, 70, o consumo de água mineral é contabilizado na despesa do mês. A família com seis membros consome dois garrafões de 20 litros, mensalmente. “E tem meses como dezembro e janeiro, que utilizamos até mais de dois garrafões. Penso que usar água mineral é saúde, porque evita problemas de contaminação com essa água que vem coletada do Paraíba (Rio Paraíba do Sul). Os gastos são em média de R$ 20 a R$ 30 ao mês, estou satisfeito apesar de achar que poderiam baixar os preços. Afinal de contas, pagamos por água, que é abundante e deveria custar menos ainda que com qualidades minerais”, argumenta.


Os vasilhames não devem ser armazenados sob a luz solar

DICAS DE USO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que os consumidores de água de garrafão deem preferência a marcas conhecidas e reconhecidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. Visualizando o rótulo, o consumidor pode conferir essas informações além de saber o registro do Ministério da Saúde e o endereço da fonte onde a água foi coletada.

O rótulo traz também a informação se a água é mineral ou filtrada. A água mineral é naturalmente enriquecida de sais minerais, retirada de fontes hidrominerais protegidas ambientalmente. A água filtrada (ou de torneira) passa por um processo de ozonização, sendo originária de represas, rios e lagos não protegidos contra a poluição. Alguns garrafões carregam água diretamente retirada de poços ou fontes naturais, para garantir a filtragem, o consumidor deve usar uma base que filtra a água.

A água de galão deverá ser consumida em até uma semana. Enquanto isso, é importante que fique posicionado em local com sombra permanente, pois o contato com a luz do sol pode favorecer o aparecimento de bactérias e algas no interior do recipiente, geralmente na cor verde.

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