RIO/SUL FLUMINENSE
O Estado do Rio de Janeiro apresentou, no primeiro mês deste ano, redução de 34% nas mortes violentas intencionais (soma de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e morte por intervenção de agente do Estado). Os homicídios dolosos (quando há intenção de matar) também caíram em janeiro de 2022, 32% em comparação com o mesmo período de 2021 – contabilizando 251 casos, contra 368 no mesmo período do ano passado. Na região Sul Fluminense, no mesmo período analisado no levantamento feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), também houve queda nos homicídios dolosos. Esse número representa o menor mês de janeiro desde 1991, quando se iniciou a série histórica do ISP.
Nesse primeiro mês do ano, foram registrados 19 casos de homicídios dolosos na região Sul Fluminense. No ano passado, no mesmo período, foram 26. Só em Volta Redonda, que é a maior em termo de população da região, foram cinco este ano e quatro em 2021, o que, a pesar de contrapor a informação de que nas comparações houve queda, não intervém no resultado final que é a soma de todos os registros das delegacias do interior do Estado.
Cidades como Rio das Flores, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Porto Real, Paraíba do Sul, Sapucaia, Mangaratiba e Rio Claro, não registraram nenhum caso de homicídio doloso este mês de janeiro de 2022, e nem no mesmo período do ano passado.
Seguido de Volta Redonda que teve nove mortes no total dos meses levantados na pesquisa, vem Barra do Piraí com seis; Paraty com total de cinco e Barra Mansa e Resende, cada, com quatro na soma dos dois meses de janeiro 2021/2022. Os demais municípios compuraram, fora os que não tiveram registros algum, entre um e três casos.
Para o governador Cláudio Castro, diante do resultado, é necessário destacar a integração entre as forças de segurança do Estado. “A integração entre as polícias Civil e Militar é a grande responsável por esse resultado positivo. Estamos investindo fortemente na segurança pública para que as instituições trabalhem cada vez mais integradas, pois temos certeza de que dessa forma, a população fluminense será a grande beneficiada”, afirmou.
Já para a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, “essa redução que tivemos no início do ano é muito significativa, ainda mais se levarmos em consideração que em janeiro do ano passado a vacinação só começou na segunda quinzena do mês e a circulação de pessoas nas ruas ainda estava reduzida. Neste ano o nível de isolamento social está bem menor e com a vacinação disponível para a população, a circulação de pessoas se normalizou, portanto, era previsto que os crimes de oportunidade voltassem a subir, o que não foi o caso em janeiro”, ressaltou.