VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda conta com o Programa de Saúde Mental, que foi totalmente reestruturado em 2021 com a contratação de profissionais e reforma nas estruturas físicas das unidades para melhorar a assistência e acolhimento a pacientes. E para marcar o Janeiro Branco os cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os leitos de Saúde Mental do Hospital Dr. Nelson Gonçalves (antigo Cais Aterrado) e o Espaço de Cuidado, no Estádio da Cidadania, estão com programação especial voltada para os usuários, funcionários e ações de divulgação dos serviços na comunidade.
De acordo com a coordenadora do setor, a médica Suely Pinto, foi adotada uma estratégia de gestão para lidar com a Saúde Mental. “Já fomos referência neste setor com muitas inovações e estamos trabalhando para voltar a ser. Quando o prefeito Neto reassumiu a gestão pública, no ano passado, a Saúde Mental estava desestruturada”, disse, lembrando que a pandemia tornou o serviço ainda mais essencial. “Com as pessoas em casa, reclusas, desenvolveram muitos sofrimentos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico”, acrescentou.
O mês de janeiro foi escolhido como Janeiro Branco por ser o primeiro do ano e estar relacionado como início de um novo ciclo, um momento para repensar a vida. Esta é uma campanha nacional, criada em 2014, para atrair a atenção para as questões relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas. O objetivo é conscientizar sobre a necessidade de cuidar da saúde mental o ano inteiro e da forma correta.
Durante todo mês, os pacientes dos leitos de Saúde Mental do Hospital Dr. Nelson Gonçalves vão contar com “Rodas de Música” nas oficinas terapêuticas. “Os usuários escolhem as músicas, todos cantam juntos e depois falam sobre o significado daquela canção para eles”, explicou a psicóloga Edna Quintino, que atua há quase vinte anos no Programa de Saúde Mental de Volta Redonda.
A unidade é a referência em urgência e emergência da Saúde Mental em Volta Redonda. O espaço conta uma enfermaria de organização rápida, composta por 14 leitos, dois deles destinados a adolescentes. Com a reestruturação do serviço, os pacientes são atendidos por uma equipe composta por enfermeiro e assistente social, que faz a abordagem, o acolhimento e encaminha para o médico avaliar se é necessária a internação.
Município conta com rede completa de assistência à Saúde Mental
Nos Centros de Atenção Psicossocial, as equipes prepararam atividades como produção de cartazes e trabalhos manuais, oficina de mandalas, desenhadas e pintadas pelos usuários para trabalhar foco e concentração; caminhada orientada; além de roda de conversa voltada para os funcionários da unidade; e ainda a divulgação do trabalho, através de cartazes, nas unidades de saúde próximas, pontos de ônibus e no comércio local.
Volta Redonda conta com o Caps II – Usina dos Sonhos, na Rua Mariana do Carmo Nogueira Reis, Vila Mury; Caps II – Vila Esperança, na Rua 93 C, Vila Santa Cecília; Caps Infantil Viva a Vida, na Avenida Amazonas, Vila Mury; Caps II Sérgio Sibilio Fritsch, na Rua Alimo Antônio Francisco, no Jardim Belvedere; e o Caps AD Lúcia Maria Bessada, na Rua 2, no Conforto. O acesso aos Caps pode ser por livre demanda ou por referência de outras unidades de saúde, públicas ou privadas.
No Espaço de Cuidado em Saúde, que fica no segundo andar do Estádio da Cidadania, os usuários participaram de café da manhã especial, apresentações de música e dança e ainda um sarau. A equipe da unidade é composta por médico clínico, psiquiatra, auxiliar administrativo, enfermeiro, coordenador, assistente social, terapeuta prática integrativa, recepcionista e psicólogos. Entre as ofertas de atendimentos disponibilizadas no local estão as consultas com psiquiatra, grupos terapêuticos, práticas integrativas.
O Programa de Saúde Mental da Prefeitura de Volta Redonda ainda conta com
quatro residências terapêuticas que, a princípio, foram criadas para as pessoas que estavam há muito tempo nos antigos manicômios e perdiam o vínculo com a família. As residências terapêuticas ficam nos bairros Vila Santa Cecília, Sessenta, São Luis, Casa de Pedra, onde moram 30 pessoas. As equipes são compostas por coordenador, cuidador, auxiliar de serviços gerais, motorista, auxiliar administrativo e diarista.
Equipe itinerante – O setor de Saúde Mental criou no ano passado uma equipe de Articulação Territorial (Ar-te), que funciona com um psicólogo, uma enfermeira e uma assistente social, com o objetivo de facilitar o acesso dos usuários à rede. A equipe tem como função desenvolver ações em diversos locais, articulando com os outros serviços oferecidos pelo município. O grupo atua nas ruas junto com o Serviço de Abordagem Social e com o “Consultório na Rua”.