VOLTA REDONDA
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda e região está fechando 2021 com conquistas nas convenções e nos acordos coletivos. Foram reajustes nos salários, nas cestas básicas, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros direitos. A atuação da entidade, nas negociações com os sindicatos patronais e direções de empresas, garantiu a reposição total da inflação acumulada em 12 meses e a manutenção de todos os benefícios já conquistados pelas categorias nos anos anteriores.
De acordo com o presidente do sindicato, Sebastião Paulo de Assis, o cenário de crises política e econômica e de pandemia continuou afetando as negociações, mas a diretoria como sempre está atenta às possibilidades e se posicionou na mesa de negociação em defesa dos direitos e das garantias dos trabalhadores. “Buscamos nas negociações enaltecer o comprometimento das categorias e a valorização da mão de obra, mostrando que o maior prejudicado com todas essas crises foram os trabalhadores e, por esse motivo, não poderiam ter mais prejuízos e ficarem sem a reposição da inflação e com perdas de benefícios. Os resultados desse trabalho do sindicato são as conquistas que estamos apresentando nesse balanço de fim de ano”, declarou Sebastião Paulo.
REAJUSTE SALARIAL FOI DE 5,53%
Na Convenção Coletiva do setor de montagem industrial, com data-base em 1º de fevereiro, o reajuste salarial foi de 5,53%. A cesta básica fechou em R$ 352,22 ao mês. Foram garantidos também direitos como hora extra, vale-transporte com desconto de 1% apenas, vale-alimentação no valor R$ 23,11 por refeição, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros direitos.
Para os trabalhadores que atuam nos mármores e granitos, com data-base em 1º de maio, o reajuste salarial foi de 7,59%. Além disso, todos os benefícios que os trabalhadores conquistaram nas convenções anteriores foram garantidos, entre eles, cesta básica que ficou em R$ 180 ao mês, vale-transporte com desconto de apenas 3%, horas extras, café da manhã, entre outros.
AUMENTO NA PLR
Os trabalhadores da Construção Civil, com data-base em 1º de julho, conquistaram 10% de reajuste salarial e 10% de aumento na Participação dos Lucros e Resultados (PLR). As cestas básicas de dentro das indústrias tiveram um aumento de 11.11%, R$ 300 ao mês. As cestas básicas de fora das indústrias alcançaram um aumento de 12.99%, R$ 200 ao mês.
Ainda na Convenção da Construção Civil, o trabalhador com piso superior a R$ 7 mil teve 5% de aumento salarial. O trabalhador que recebe cesta básica acima dos valores negociados, 5% de aumento no benefício. O sindicato conseguiu avançar também na cláusula do Incentivo para Valorização do Trabalho (IVT), o trabalhador com mais de um ano de empresa, a partir de 2017, já recebia 1% de reajuste anual. Agora, os trabalhadores que completarem 10 anos de empresa terão um reajuste anual (incentivo) de 1.5% nos seus salários, sempre no mês de julho.
ACORDOS COLETIVOS
O sindicato alcançou também várias conquistas para os trabalhadores nos acordos coletivos individuais com empresas. Na Sartori, o reajuste salarial foi de 7,59% e a garantia de todos os benefícios econômicos: cesta básica, PLR, horas extras, adicional noturno, abonos de férias diferenciados e muitos outros benefícios.
Na Faurecia, o aumento salarial foi de 9.22% e o sindicato conseguiu elevar os reajustes de todas as cláusulas econômicas como ticket-alimentação, auxílio escolar, entre outros. Conseguiu zerar o banco de horas, que era outra reivindicação importante dos funcionários da Faurecia, e melhorar em 200% de aumento a proposta do Programa de Participação nos Resultados (PPR).
Na empresa Rip, os trabalhadores conquistaram 10% de reajuste salarial e a cesta básica fechou em R$ 330 ao mês. O sindicato garantiu também na negociação com a Rip, o PPR, conseguiu melhorar a proposta do banco de horas e o piso de profissional.
Para os trabalhadores da NPE houve um ganho de 10,78% nos salários, na PLR e na cesta básica, que fechou em R$ 368,29 (mês). E na Votorantim Cimentos, 11,08% de reajustes nos salários e no vale-alimentação, que fechou em R$ 322,92 ao mês. Todos os acordos coletivos foram fechados com reposição da inflação acumulada em 12 meses.