BRASÍLIA
Uma audiência pública foi solicitada pelo deputado federal Antonio Furtado. Ele e o deputado Ossesio Silva, do Republicanos-PE, solicitaram a realização do debate para buscar soluções e acabar com o sofrimento dos idosos vítimas de maus tratos nas casas de longa permanência, sejam elas particulares ou públicas. A intenção é ouvir representantes do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Conselho Nacional do Direito da Pessoa Idosa, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Anvisa, além da Juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Monize Marques.
“Precisamos estabelecer as regras e intensificar as fiscalizações no serviço de acolhimento aos idosos em razão da sua vulnerabilidade ou doença. Essas instituições de longa permanência, sejam públicas ou particulares, precisam ser adequadas e zelar pela saúde dos idosos que ali residem. Muitos são os relatos de casos de agressão, estupro, cárcere privado e maus tratos. Nós da Comissão de Defesa dos Idosos queremos conversar com especialistas e entender a dimensão desse problema em todo o Brasil para buscarmos a solução adequada para esse problema”, explicou o deputado federal Delegado Antonio Furtado.
Furtado citou que nos primeiros meses deste ano o Brasil registrou um aumento no número de denúncias de violência contra pessoas idosas pelo Disque 100, plataforma do governo federal que acolhe violações contra os direitos humanos. Foram 33,6 mil casos notificados. Um crescimento de 28% em relação à 2020. “Não podemos permitir que os idosos, que deveriam ser cuidados nessas instituições, sofram uma série de crimes. Temos que tirar esse crime da clandestinidade. É uma situação sempre delicada. Muitas vezes o idoso fala, reclama e não lhes dão credibilidade por serem considerados com problemas nas faculdades mentais. Com a audiência vamos buscar meios para evitar essa violência”, argumentou o deputado federal Delegado Antonio Furtado.