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Municípios da região suspendem vacinação contra Covid-19 em adolescentes sem comorbidades após recomendação do Ministério da Saúde

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/BRASÍLIA

O Ministério da Saúde recomendou a suspensão da vacina contra Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Foi emitida uma nota técnica determinando que a vacinação ocorra somente em adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade. O ministro Marcelo Queiroga disse nesta quinta-feira, dia 16, que a decisão de restringir a vacinação dos jovens apenas aos grupos prioritários tem relação com a falta de evidências científicas consolidadas sobre o benefício da imunização para este grupo.

Apesar dos municípios e estados terem autonomia nas decisões, muitas prefeituras da região vêm seguindo a recomendação do Plano Nacional de Imunização (PNI). Como, por exemplo, Angra dos Reis, Porto Real, Barra Mansa e Resende, que se manifestaram que irão suspender a aplicação nos adolescentes.  Já Volta Redonda destacou que não será interrompida a imunização. Rio Claro não havia se posicionado até a publicação desta matéria. No Rio de Janeiro, adolescentes de 14 anos começaram a ser imunizados na quarta-feira e não cancelará a aplicação nesta faixa etária. Na região Itatiaia informou que já vacinou adolescentes de 12 a 17 anos, em sua totalidade, com ou sem comorbidades, nas últimas semanas.

No dia 11 de junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a indicação da vacina Comirnaty, da Pfizer, para crianças com 12 anos de idade ou mais. Com isso, a bula da vacina passou a indicar esta nova faixa etária para o Brasil. Segundo o órgão a aplicação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.


O ministro citou que mais de 3,5 milhões de adolescentes já foram vacinados no Brasil de forma ‘intempestiva’, ou seja, sem a autorização do PNI, que previa a aplicação apenas entre os prioritários desta faixa, a partir de 15 de setembro. Segundo Queiroga, 1,5 mil adolescentes apresentaram eventos adversos, o que representa 0.042% do total. Como o A VOZ DA CIDADE divulgou na edição desta quinta-feira, dia 16, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde teria solicitado a suspensão da vacinação nesse público devido a necessidade de vacinar idosos com a dose de reforço. Segundo o Conass esclareceu no Ofício 359/2021, havendo quantitativo de doses suficientes para atender a dose reforço dos idosos, deve-se iniciar imediatamente a imunização dos adolescentes.

Após a fala do ministro, o Conass e Conasems, por meio de ofício, solicitam um imediato posicionamento da Anvisa sobre a autorização para uso da vacina em adolescentes . Os conselhos esclarecem que existe o entendimento de que a vacinação de adolescentes cumpre importante papel na estratégia de controle da pandemia no Brasil’, e que, com autorização do órgão regulador, deve-se avançar na antecipação da segunda dose para oito semanas, concluir a vacinação da população adulta e avançar na vacinação de adolescentes com e sem comorbidades.

aplicação de outros imunizantes

Dos casos adversos em adolescentes, um total de 93% ocorreu no público que tomou imunizantes sem autorização para uso em adolescentes. O governo federal diz que os estados aplicaram doses de todas as outras vacinas além da Pfizer: AstraZeneca, CoronaVac e Janssen.

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