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Quase 80% das empresas de Barra Mansa afirmam que não houve casos de contaminação por Covid dentro do ambiente de trabalho

Por Andre
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BARRA MANSA

Já são cerca de 17 meses após o primeiro caso de Covid-19 descoberto no Brasil e, desde então, o comércio varejista vem buscando alternativas para enfrentar a crise e driblar os impactos causados pela pandemia. O novo coronavírus se instalou no país em fevereiro de 2020 e trouxe prejuízos devastadores não apenas na área da saúde, mas também em níveis sociais e econômicos. Na semana em que se comemora o Dia do Comerciante (16 de julho), a CDL Barra Mansa investiu e divulgou importante pesquisa de impacto nacional sobre os reflexos da pandemia no comércio. A primeira a ser feita na região do Sul do Estado do Rio.

IImagem: Ilustração

Segundo a pesquisa – realizada através do Instituto Orbital no período de 26 de maio a 7 de junho de 2021, 66,2% das empresas alegam ter tido problemas de falta de recursos no caixa ao longo desses meses de pandemia. E, quanto menor o porte da empresa, maior essa porcentagem, chegando a 75% dos MEI’s.

Segundo o presidente da CDL Barra Mansa, Leonardo dos Santos, a porcentagem de empresas que relatam problemas de recursos no caixa aumenta de acordo com o tempo que precisou ficar fechada. “Apenas as empresas que não precisaram fechar e nem mudar de horário, não tiveram, em sua maioria, esse tipo de problema”, disse. Ainda segundo a análise, em relação ao faturamento, a situação ainda é mais sintomática, visto que 79% dos respondentes afirmaram que houve diminuição de faturamento na empresa ao longo desses meses de pandemia. Novamente, MEI’s, ME’s e EPP’s foram as que mais sentiram o impacto, porém, essa diminuição ocorreu também fortemente entre as empresas de porte médio e grande e em todas as atividades, sendo os bares e restaurantes os mais impactados. “A porcentagem de empresas com queda de faturamento aumenta de acordo com o tempo que ela precisou ficar fechada, chegando a 95% das empresas que precisaram fechar por mais de 90 dias”, acrescenta Leonardo.

Demissões

Apesar desses resultados negativos, a maioria das empresas (60,8%) não demitiu funcionários. Já as empresas que precisaram fechar por mais de dois ou três meses tiveram um índice de demissão acima de 50%, chegando a quase 70% entre as que fecharam por mais de três meses.

Nível de Inadimplência

IImagem: Ilustração


A pesquisa contratada pela CDL Barra Mansa apurou ainda sobre a solicitação de empréstimo/crédito em instituições financeiras por causa da pandemia e revelou que a maioria das empresas (68,2%) não solicitou empréstimos ou créditos em instituições financeiras nesse período e que 64,7% das empresas não estão inadimplentes. O presidente Leonardo dos Santos explica que os que menos solicitaram empréstimos e os menos inadimplentes são os que não precisaram fechar a empresa e nem mudar o horário de funcionamento.

Vale ressaltar que a maioria dos entrevistados (51,3%) afirma já ter fechado por algum tempo seus estabelecimentos durante a pandemia, sendo que 18,5% por até 15 dias; 15,9% de 16 a 30 dias; e 16,9% de um a dois meses. A maioria dessas empresas (56,9%) está localizada no Centro da cidade. Por outro lado, 19,3% dos entrevistados afirmam que não precisaram fechar, mas que precisaram mudar o horário de funcionamento devido às medidas restritivas. Outros 14,8% afirmam que não precisaram fechar e nem mudar o horário de funcionamento. Cabe acrescentar que bares e restaurantes são os que passaram mais tempo fechados, visto que 14,7% dos participantes afirmam ter fechado a empresa por um período de dois a três meses e 9,8% por mais de três meses, somando 24,5% dos respondentes desse setor, enquanto no setor de serviços essas porcentagens somam 19,4% e no varejo, 10,8%. Já entre supermercados não houve fechamento por mais de 30 dias. Entre farmácias, apenas 3,2% afirmam ter fechado por até 15 dias, não havendo nenhum caso de fechamento em período maior que este. Ainda entre as farmácias, a grande maioria (74,2%) afirma que não precisou fechar e nem mudar o horário de funcionamento. Entre supermercados essa porcentagem é de 45,2%, demonstrando uma grande diferença dos demais setores, que não passam de 11%.

Contaminação no ambiente de trabalho

IImagem: Ilustração


Segundo a CDL, desde o começo da pandemia está atuando fortemente para evitar o fechamento dos estabelecimentos e promover possibilidades de vendas de forma segura no comércio. Ao longo dos últimos meses, a entidade realizou a doação de medicamentos para a prefeitura, distribuiu aos seus associados kits de proteção para suas lojas e orientou as empresas quanto às medidas importantes de prevenção contra a Covid-19.

A pesquisa feita com as empresas barra-mansenses mostra que maioria (78,1%) afirma que não houve casos de contaminação dentro da empresa, enquanto apenas 11,3% relatam que funcionários foram contaminados no ambiente de trabalho.

CDL tem avaliação positiva em sua atuação no combate à pandemia


Sobre as percepções dos comerciantes sobre a CDL Barra Mansa, a grande maioria (82,9%), considera importante (49,4%) ou muito importante (33,5%) o papel da entidade para o fortalecimento do comércio na cidade. Destaca-se ainda, na pesquisa, que o trabalho desenvolvido pela CDL-BM durante a pandemia tem 59% de avaliações positivas (ótimo+bom) e 6,5% de avaliações negativas (ruim+péssimo). Já para 21,2% dos entrevistados o trabalho da CDL-BM junto às empresas durante a pandemia está sendo regular.

Para Leonardo dos Santos, este resultado apenas corrobora o compromisso da entidade tanto com a saúde da população como também a saúde dos negócios.

Expectativas e Perspectivas

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Mesmo com o avanço da vacinação no Brasil, para a maioria dos entrevistados o cenário futuro ainda é de incertezas. Conforme mostrou a pesquisa da CDL-BM, 80% dos comerciantes acreditam que a situação econômica do país ainda vai demorar para retomar a normalidade e que isso não acontecerá em menos de um ano. Diante desse cenário, quando questionados por quanto tempo conseguem manter as empresas abertas com as medidas restritivas adotadas para conter o avanço da contaminação pelo coronavírus, 19,5% que dizem conseguir permanecer com o negócio ativo entre até mais um mês e não mais que seis meses. A capacidade de sobrevivência está diretamente ligada ao porte da empresa, ou seja, quanto maior a empresa, maior a porcentagem de sobrevivência por mais de seis meses, chegando a 87% das grandes empresas. Em relação às atividades, bares e restaurantes é o setor com menos fôlego, com 59% dos entrevistados afirmando que conseguem permanecer abertos por mais de seis meses, enquanto entre as empresas de atividades essenciais (supermercados e farmácias) essa porcentagem salta 87,1% e 83,9% respectivamente.

Vacinômetro

De acordo com o último Boletim Vacinômetro, divulgado pela Prefeitura de Barra Mansa, a cidade já aplicou 114.396 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 77.564 referentes à primeira dose e 33.249 da dose complementar. Também foram aplicadas 3.583 vacinas de dose única. Segundo dados divulgados pela Gerência de Vigilância em Saúde do Município, os números de ocupações de leitos clínicos e UTIs também estão controlados na cidade.

O que diz a CDL Barra Mansa

De acordo com o presidente da CDL, Leonardo dos Santos, os resultados da pesquisa mostram que as empresas de Barra Mansa, em geral, têm sentido o impacto da crise gerada pela pandemia do coronavírus. “No entanto, as ações restritivas de funcionamento dos estabelecimentos para evitar a contaminação generalizada acabaram por afetar mais evidentemente alguns setores específicos como comércio varejista, serviços em geral e, principalmente, bares e restaurantes. Também é clara a relação entre o tempo que a empresa precisou ficar fechada e o impacto financeiro resultante do fechamento. As empresas que ficaram mais tempo fechadas são as que vem enfrentando mais dificuldades, principalmente no que tange à falta de recursos no caixa, diminuição do faturamento e demissões de funcionários”, resumiu Leonardo dos Santos.

O empresário frisa que a CDL-BM também vem lutando em prol do combate a propagação do vírus por meio de ações conjuntas junto a demais entidades e ao Poder Público, sempre se colocando à disposição para auxílios e comunicações junto ao setor empresarial. Exemplo disso foi a doação de cinco mil medicamentos para a prefeitura.

A pesquisa

A pesquisa de diagnóstico sobre o “Impacto da Pandemia de Covid-19 nas Empresas de Barra Mansa” foi realizada pelo Instituto Orbital através de metodologia Quantitativa. A técnica utilizada foi a de entrevistas pessoais, diretamente com proprietários ou responsáveis direto pela empresa. Ao todo foram mil pessoas entrevistadas representantes de empresas do setor de comércio varejista e serviço. A pesquisa foi realizada no período de 26 de maio a 7 de junho de 2021 em empresas de porte MEI, Micro, Pequeno, Médio e Grande das atividades de comércio varejista, serviços, bares e restaurantes, supermercados e farmácias.

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A pesquisa procurou cobrir todas as regiões da cidade, nos bairros onde há concentração maior de empresas. Assim, mais da metade das entrevistas foi realizada no Centro da cidade (51%), seguida pela região do Ano Bom (14,4%), Vila Nova (10,2%) e Vista Alegre (5,3%). Os 19% restantes foram distribuídos pelas demais regiões, de forma representativa. Entre as empresas que responderam, 41% são Microempresas; 37,9% são Microempreendedores Individuais (MEI); 9,5% de Médio Porte; 8,5 % são Empresas de Pequeno Porte (EPP) e 3,1% são empresas de Grande Porte.

Vale informar que a segmentação dos setores pesquisados foi estabelecida pela CDL-BM para que algumas atividades fossem estudadas de forma mais específica. Assim, farmácias e supermercados, que são considerados atividades essenciais e, portanto, possuem horário de funcionamento que não seguem as medidas restritivas adotas pelo município, foram segmentadas separadas do setor de comércio varejista aos quais pertencem conceitualmente. Já o setor de bares e restaurantes, que passa por medidas ainda mais restritivas de horário e ocupação, foram avaliados fora do setor de serviços, para que pudesse ser feita uma análise mais específica do impacto da pandemia nessa atividade.

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