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Inflação no país é a maior para fevereiro desde 2016

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Na semana em que os combustíveis sofreram mais um reajuste, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a inflação oficial no país, acelerou a 0,86% em fevereiro, após fechar em 0,25% em janeiro.

Com alta de 7,11%, a gasolina foi, individualmente, o item que mais impactou o índice no mês, com participação de cerca de 42% no resultado final. Além da gasolina, os preços do etanol (8,06%), do óleo diesel (5,4%) e do gás veicular (0,69%) também subiram. Com isso, os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses. Em fevereiro, o grupo transportes teve alta de 2,28%.

MAIOR ÍNDICE DESDE 2016

Esse é o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando o índice foi de 0,9%. No mesmo mês de 2020, a inflação havia ficado em 0,25%. O indicador acumula alta de 1,11% no ano e de 5,2% em 12 meses, acima dos 4,56% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A meta de inflação para este ano é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.


Outros índices

O grupo alimentação e bebidas variou 0,27% em fevereiro, desacelerando pelo terceiro mês consecutivo. A queda nos preços da batata-inglesa (-14,7%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,3%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%) contribuíram para a desaceleração na alimentação no domicílio (0,28%). Por outro lado, houve aumentos nos preços da cebola (15,59%) e das carnes (1,72%).

Já a educação (2,48%) teve a maior variação entre os grupos. O maior impacto do grupo veio dos cursos regulares (3,08%). Esse foi o segundo maior impacto dentro do índice do mês. Em fevereiro, foi captado pela pesquisa os reajustes das mensalidades cobradas pelas instituições de ensino. Além disso, foi verificado que em alguns casos houve retirada de descontos aplicados ao longo do ano passado no contexto de suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia.

Cidadãos comentam sobre os índices

A dona de casa Marluce Barbosa, comenta sobre os dados. “Quando você vai ao mercado, percebe que a cada dia, tudo aumenta, menos o salário. A cada dia tem uma surpresa ao fazer as compras. Num passado não muito distante com R$ 300 dava para fazer uma compra boa. Hoje, é um simples complemento, e não estou falando de nada supérfluo ou produtos caro. É com muita pesquisa e compra de produtos básicos e mais baratos”, cita a dona de casa.

O motoboy Francisco Rodrigues JR, avalia a situação dos constantes aumentos da gasolina. “Trabalho com vendas, preciso me locomover, e infelizmente preciso repassar o aumento da gasolina para os clientes, pouco, mas repasso. Com isso caem às vendas, cai a qualidade de vida”, comenta.

 

 

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