RESENDE
A Prefeitura de Resende ampliou o Programa Municipal de Coleta Seletiva durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O campo de atuação do programa passou de 25 para 45 localidades no final do ano passado. O serviço gratuito é realizado por meio de cooperação técnica entre a Amar (Agência do Meio Ambiente de Resende) e duas organizações de catadores de materiais recicláveis, que são: a Associação de Catadores Recicla Resende (ACRR) e a Associação de Garimpeiros do Aterro Sanitário de Resende (Agasar).
Além dos bairros atendidos, o programa passou a percorrer o território da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Os grandes geradores como estabelecimentos comerciais, unidades de ensino e empresas credenciadas também estão inclusos no cronograma municipal. A ampliação do programa faz parte da nova estrutura do setor da coleta seletiva, que ainda recebeu melhorias na sede da ACRR, no bairro Campo de Aviação. O presidente da Amar, Wilson Moura, destacou algumas mudanças no cenário socioambiental que contribuíram para estender o roteiro da coleta seletiva na cidade. “A transformação da sede da ACRR, por exemplo, que teve seu espaço destinado ao armazenamento do material coletado. Agora, são quatro novas baias externas e cobertas – direcionadas aos materiais recolhidos por segmentos de plástico, metal, vidro e papel, além do galpão coberto apropriado para os pneus inservíveis. Além disso, no final do ano passado, a Agasar, que atuava no Aterro Sanitário de Bulhões, em Resende, foi reformulada”, afirma.
Segundo Wilson Moura, com a mudança, os catadores foram redirecionados para desempenhar outro papel: o novo roteiro da coleta seletiva. “Com a desativação do Aterro de Bulhões, os resíduos sólidos ganharam novo destino: a Central de Tratamento de Resíduos operada pela empresa Foxx Haztec, em Barra Mansa. É importante ressaltar que o galpão de reciclagem da Agasar passou por uma reforma, após o encerramento do funcionamento do Aterro de Bulhões. A reestruturação da Agasar foi uma medida necessária para a continuidade das atividades desempenhadas por seus associados, conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, informa.
Confira as localidades atendidas na atualidade: Morada da Colina; Limeira; Limeirinha; Casa da Lua; Parque Ipiranga I e II; Jardim Brasília I; Jardim Brasília II; Tangará; Vila Adelaide; Vila Central; Terras Alphaville; Vila de Visconde de Mauá/Lote 10; Capelinha; Jardim Jalisco; Barbosa Lima; Elite; Vila Santa Isabel; Vila Julieta (Alvorada); Vila Santa Cecília; Jardim Tropical; Montese; Liberdade; Nova Liberdade; Comercial; Alambari, Cabral; São Caetano; Monte Castelo; Guararapes; Independência; Paraíso; Morro do Cruzeiro; Jardim do Sol; Alto e Novo Paraíso; Castelo Branco; Vicentina I e II; Santo Amaro; Alto dos Passos; Aliança I e II; Morada da Montanha; Monet; Vila Verde; e Surubi Velho. Entre os grandes geradores, estão: Indústrias Nucleares do Brasil; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Janeiro e Aman.
BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA
A coleta seletiva é um processo cuidadoso que visa separar os materiais recicláveis e não recicláveis e, em seguida, a disposição correta para o reaproveitamento e a reciclagem. O presidente da Amar explicou quais são os benefícios da política da coleta seletiva no município, acrescentando que a colaboração da população é de extrema valia. “As principais vantagens da existência do Programa Municipal de Coleta Seletiva são: aumento da vida útil do aterro sanitário; otimização do ciclo de vida das matérias-primas; geração de trabalho e renda aos catadores de recicláveis; resgate da cidadania dos catadores por meio de sua organização em cooperativas e associações; estímulo à mudança de hábitos e valores no que diz respeito à proteção ambiental, conservação da vida e ao desenvolvimento sustentável; criação de novas práticas para a separação de resíduos; e redução de gastos com aterramento dos resíduos e disposição final. Vale lembrar que a compostagem é recomendada no caso de resíduos orgânicos, que são revertidos para adubo de hortas e jardins, utilizando sobras de alimentos e cascas de frutas, legumes, folhas e plantas” frisa Wilson Moura.
O QUE DEVO SEPARAR E COMO?
A equipe da Amar orienta sobre o que deve ser separado para a reciclagem, além dos cuidados necessários. “Podem ser reaproveitados: plásticos (garrafas; recipientes de produtos de limpeza; potes de creme, xampu e condicionador; tubos e canos; brinquedos; e sacos, sacolas e embalagem plástica de leite); metais (molas e latas; latinhas de cerveja e refrigerante; e esquadrias e molduras de quadro); papéis (jornais, revistas impressos em geral, cadernos, agendas, caixas de papelão e embalagens longa-vida como caixinha de leite); vidros (frascos, garrafas e recipientes de conserva); e óleo vegetal usado como o de cozinha. Os materiais devem estar limpos e secos para não atrair animais transmissores de doenças. Os vidros devem ser embalados em papel grosso para evitar acidentes. Já o óleo de cozinha deve ser armazenado em garrafa pet”, reforça.
Veja a lista dos materiais que não são recicláveis e, muitas vezes, as pessoas não se atentam: cerâmicas; porcelanas; gesso; acrílico; cabos de panela; tomadas; clipes; grampos; esponjas de aço; restos e sobras de alimentos; lâmpadas fluorescentes; papéis plastificados, metalizados ou parafinados; papel carbono; guardanapo; papel toalha usado; fotografias; espelhos; pilhas; baterias de celular; fitas e etiquetas adesivas; papel higiênico; fralda; e absorvente, entre outros.
ROTEIRO DA COLETA
Confira abaixo o roteiro adotada pelos trabalhadores da ACRR e da Agasar: