SUL FLUMINENSE
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) vai gerir a BR-040, após fim da sua concessão. E a bancada de deputados federais do Estado do Rio de Janeiro está se mobilizando para destinar emenda para garantir que o órgão tenha recursos para operar com ambulâncias, reboque, equipe e demais necessidades para socorro e assistência aos motoristas. O Dnit vai assumir a estrada no dia 1º de março com o fim do contrato da Concer, empresa que opera a via há 25 anos. Com o final da concessão dia 28 de fevereiro, o pedágio deixará de ser cobrado. A previsão é de que o processo licitatório de uma nova concessionária seja finalizado em 2022.
“É grande a apreensão das cidades e dos usuários sobre a manutenção e operação da via, por isso a iniciativa de garantir os recursos”, disse o deputado federal Vinicius Farah (MDB).
O valor da emenda de bancada – que compreende 46 deputados fluminenses– está sendo definida e pode chegar a R$ 50 milhões. De acordo com o deputado, a meta é que a emenda possibilite que o Dnit tenha condições de oferecer um serviço apropriado, até porque a previsão é que uma nova concessão seja implantada apenas em 2022. Farah destacou que a destinação da emenda de bancada está sendo construída com todos os parlamentares do estado, sensíveis à importância da estrada. “A BR-040 é fundamental não apenas para Petrópolis, mas para toda a cadeia econômica do Rio a Juiz de Fora, passando por todas as cidades que dependem desse acesso. Por isso, a mobilização de toda a bancada. A indústria, comércio, prestadores de serviço são áreas que necessitam da BR-040 nos 180 quilômetros de via até Juiz de Fora, fundamental ainda para o turismo”, afirma Vinicius Farah.
PREJUÍZOS
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), entre 2013 a 2021, os prejuízos financeiros decorrentes da falta de melhorias na rodovia, incluída aí a nova pista de subida da serra, serão de R$ 1,6 bilhão.
O parlamentar lembra que os municípios de todo o trecho até Juiz de Fora como Três Rios, Areal, São José do Vale do Rio Preto e Levy Gasparian dependem economicamente da estrada. “É preciso garantir uma boa operação neste momento, que a licitação para nova empresa seja ágil e que a concessionária que vencer esteja comprometida em manutenção das pistas atuais e com a nova subida da serra”, afirma Vinícius Farah lembrando dos prejuízos e impactos por toda a extensão da estrada. “Engarrafamentos por acidentes que ocorrem na subida da serra têm impacto nas outras cidades, por exemplo. É maior gasto de combustível, atraso em entregas, toda uma logística prejudicada, encarecendo preços finais aos consumidores. Para Petrópolis, o prejuízo é ainda maior com o Turismo sendo duramente atingido”, concluiu.