VOLTA REDONDA
A vereadora Rosana Bergone (PRTB), que está em seu primeiro mandato acredita que sua participação no Legislativo de Volta Redonda nesse período foi satisfatória. Ressaltou que fez vários projetos, requerimentos e indicações em prol da população. Uma delas é Lei 5726, de sua autoria, que criou a Coordenadoria da Igualdade Racial. Agora, ela espera que o próximo prefeito eleito coloque em prática.
Vale lembrar que o veto do prefeito à lei foi derrubado pelo Legislativo no dia 26 de agosto, mas que ainda não foi implantada. Segundo a parlamentar, caso seja reeleita, trabalhará para que esta Lei seja cumprida, pois ela tem um grande alcance social. “Ela é muito importante, não só para mim, para a minha raça. Ela garante direitos dentro do município não são somente aos negros, mas aos indígenas e ciganos”, falou a vereadora.
AMPLA DISCUSSÃO
De acordo com a parlamentar, para viabilizar a Lei, houve uma ampla discussão com o movimento negro. “É um projeto, que primeiro surgiu no meu coração e depois no coração do pessoal do movimento negro, que nos procurou para que juntos pudéssemos elaborar este projeto, para tornar este órgão municipal viável. Eu acredito que ele tem tudo para dar certo, pois é de suma importância para a nossa raça, para os indígenas e ciganos que são pessoas que precisam ter voz e oportunidades, que muitas vezes são negadas”, justificou a parlamentar.
Ainda segundo Bergone, muitas destas pessoas não sabem os seus direitos e precisam deste apoio do município. “Não queremos ser melhores do que ninguém, mas queremos ser vistos como as outras pessoas. E, em muitas situações, a gente passa como se não existíssemos. E na verdade, nós estamos aqui. Estamos lutando por espaço, lutando pelo crescimento da cultura negra, da raça negra, da raça indígena, do povo cigano. Entendo que tudo é possível e vai dar certo”, declarou Bergone.
DEBATE, OPORTUNIDADES E INCLUSÃO
A vereadora explicou que a Coordenadoria da Igualdade Racial
vai permitir a ampliação do debate, criar oportunidades, inclusão e mostrar a importância destas pessoas na sociedade. “O setor poderá promover palestras em escolas e trabalhar para a visibilidade da capacidade dos contemplados com a Lei”, salientou, frisando que sua Lei também autoriza que o órgão busque recursos federais. “A Lei vai dar um impulso nos trabalhos culturais e raciais da cidade, como por exemplo, os projetos do Memorial Zumbi dos Palmares, que tem ótimas atividades e precisa de mais investimentos”, completou Bergone.
A vereadora disse que vai aproveitar as pessoas que estão na administração municipal para trabalhar e atuar nesta Coordenadoria. “Temos pessoas capacitadas na prefeitura que podem gerenciar este órgão. A estrutura será pequena, mas poderá ter um grande resultado e buscar chegar até estas pessoas, que às vezes, são oprimidas e tem dificuldades de emprego e oportunidades” explicou a vereadora, ressaltando que é uma questão de justiça social. “Quem for administrar a cidade precisa incluir no seu governo esta nossa proposta”, concluiu Bergone.
