SUL FLUMINENSE
O mercado de trabalho formal do País teve melhora em junho quando comparado ao mês de maio. O sexto mês de 2020 teve 24% mais admissões (172.520) do que o mês anterior e 16% menos desligamentos (166.799). Os dados são do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, dia 28, pelo Ministério da Economia.
A melhora em âmbito nacional fez com que o saldo do mês de junho ficasse negativo em 10.984 vagas, número inferior ao registrado em maio, quando o saldo negativo foi de 350.303. Em junho, foram 895.460 admissões e 906.444 desligamentos. Em maio, foram 722.940 admissões e 1.073.243 desligamentos.
Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Bianco, os resultados de junho demonstram uma reação importante do mercado de trabalho. “É uma melhora muito significativa, expressiva, que demonstra uma reação clara do mercado de trabalho. O Brasil, de fato, com as políticas públicas que foram feitas tem conseguido êxito no seu objetivo de preservar postos de trabalho, de preservar a renda dos brasileiros”, disse Bianco.
Com relação a abril, pior mês em termos das admissões, junho trouxe um incremento de 43% e queda de 41% nas demissões. “O Brasil fez sua lição de casa nos últimos 15, 16 meses. Desde o início tivemos uma política econômica muito bem sucedida, que nos proporcionou e está nos proporcionando uma passagem pela pandemia de maneira menos grave”, afirmou o secretário Bruno Bianco. No acumulado do ano, o saldo do emprego formal no país fechou o primeiro semestre negativo em 1.198.363, resultado de 6.718.276 admissões e 7.916.639 desligamentos.
O setor com melhor desempenho na criação de vagas em junho foi o da agropecuária com 36.836 novas vagas abertas. Em seguida, está a construção civil que registrou saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. No mês anterior, o saldo do setor havia sido negativo. A modalidade trabalho intermitente teve saldo positivo de 5.223 empregos, resultado de 11.848 admissões e 6.625 desligamentos. Já o regime de tempo parcial somou 5.889 admissões e 11.461 desligamentos.
CAGED POR REGIÕES
Em três regiões do país o saldo de criação de empregos foi positivo: Centro-Oeste (10.010), Norte (6.547) e Sul (1.699). No Sudeste foram quase 470 mil admissões e cerca de 496 mil desligamentos, com saldo negativo de 28.521 no mês de junho. No caso específico do estado do Rio de Janeiro, o saldo de junho foi -16.801 postos de trabalho, resultado de 48.371 admissões e 65.172 desligamentos. No saldo anual, o Rio contabiliza saldo negativo de 184.928 empregos.
Na Região Sul Fluminense, a tabela de Admissões, Desligamentos e Saldo de emprego demonstra a retração nos postos de trabalho durante o mês de junho na maioria das 13 cidades pesquisadas como citação pelo A VOZ DA CIDADE: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Paraty, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Valença, Vassouras e Volta Redonda.
Em junho, apenas Volta Redonda (97), Itatiaia (20), Pinheiral (17) e Quatis (4) tiveram saldo positivo na geração de empregos. A Cidade do Aço registrou 1.405 admissões contra 1.308 desligamentos no período. O município de Itatiaia teve 131 contratações e 111 desligamentos; Pinheiral somou 68 admissões e 51 desligamentos e Quatis obteve 25 admissões e 21 desligamentos.
Resende aparece com o saldo de -454 vagas de trabalho, resultado de 387 admissões e 841 desligamentos. Em seguida, Angra dos Reis com -415 postos de trabalho, sendo 494 admissões e 909 desligamentos. As cidades de Barra Mansa e Valença detém saldo negativo de 49 postos de emprego em junho. Segundo o Caged, Barra Mansa registrou 574 admissões e 623 desligamentos, já Valença contabilizou 96 admissões e 145 desligamentos.
No acumulado de janeiro a junho de 2020, os 13 municípios citados apresentam dados negativos no Caged. Volta Redonda tem saldo de -3.744 empregos, seguido de Resende com -1.931 e Angra dos Reis, com -1.426. Barra Mansa aparece com -883 postos de trabalho e Porto Real com -858.
BENEFÍCIO EMERGENCIAL
O secretário especial de previdência e trabalho, Bruno Bianco, destacou que o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), do Governo Federal, já celebrou mais de 15 milhões de contratos.
A iniciativa permite reduzir a jornada de trabalho dos empregados ou suspender temporariamente o contrato de trabalho. “É um programa que tem trazido para nós a grata satisfação de preservar empregos no Brasil”, avaliou.