Gás de cozinha sofre reajuste de 5% para as refinarias

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SUL FLUMINENSE

Entra em vigor nesta quinta-feira, dia 23, o reajuste de 5% do valor do gás liquefeito petróleo (GLP), o gás de cozinha, para as refinarias e suas bases de distribuição. Segundo a Petrobras, o reajuste é válido para o botijão de uso domiciliar, indústria e do comércio. É o quarto reajuste de preços do GLP nas refinarias neste ano, o mais recente ocorreu em 19 de junho, também com 5%.

A justificativa do reajuste é que a Petrobras deve acompanhar a elevação das cotações do petróleo no mercado internacional. Assim como a gasolina e demais combustíveis, o GLP tem preço livre no mercado, cabendo às distribuidoras e sua cadeia produtiva até o consumidor definir o preço final do produto. A fiscalização contra abuso de preços fica a critério da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo o Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis realizado pela ANP, a pesquisa mais recente ocorreu entre os dias 12 e 18 deste mês. Os dados mostram que a média de preço nacional do gás de cozinha (GLP-P 13) tinha a variação positiva de 0,20%, comercializado a R$ 70,04. Na região Sul Fluminense o preço do botijão de 13 quilos, de uso domiciliar, apresenta variação de preço entre R$ 57 (Três Rios) e R$ 80 (Resende).

Em virtude da pandemia do coronavírus e a necessidade do isolamento social, muitas famílias permanecem em quarentena, elevando o consumo do gás de cozinha. “Não tem como ficar sem ele em casa. Comprei um botijão na segunda-feira e paguei R$ 79. Com esse reajuste o próximo sem dúvida não sairá por menos de R$ 80 reais. Moro com a filha e uma amiga. O consumo é alto, ainda mais com todos em home office e quarentena. Todas as refeições fazemos em casa e isso gasta bastante gás e tempo na cozinha também”, afirma a analisa de desempenho industrial, Samara Camargo, 32, de Resende.

A ANP divulga a pesquisa periódica de preços dos combustíveis – Reprodução

E a pandemia pode ter aspectos distintos para os revendedores. Ha aqueles ansiosos em repassar imediatamente o reajuste ao consumidor, outros, temendo perder freguesia, analisam se de fato o reajuste praticado para as refinarias demanda de ser inserido no valor final do botijão. De praxe, cada revenda pratica valor distinto para entrega em domicílio no pedido direto, pela venda através de veículo circulando pelos bairros ou com a retirada pelo cliente direto no depósito. 

Em média, os preços são acrescidos de R$ 5 a R$ 10 de taxa para cada situação, sendo a retirada no depósito a mais em conta e a compra através do carro-volante a mais cara, por ter acrescido valores para cobrir despesa com mão de obra e combustível. “Mantemos os valores praticados do botijão de gás desde o início do ano, seja na retirada no depósito a R$ 75 ou a R$ 80 na entrega em domicílio com motoboy. Com a quarentena temos muitos pedidos pelo delivery. Como já houve outros reajustes para a refinaria e não repassamos, acredito que este também não vamos mudar os preços, a princípio. É uma decisão de mercado, porque assim mantemos a clientela”, informa Bernardo Gomes, gerente de uma revenda em Resende.

 

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