BARRA MANSA
A Guarda Municipal Ambiental resgatou no fim da tarde desta segunda-feira, dia 20, uma garça ferida por linha de pipa com cerol. A ação ocorreu no bairro Vila Ursulino.
Segundo o secretário de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Vinícius Azevedo, a garça recebeu os cuidados veterinários necessários e foi encaminhada para recuperação. Ele explicou que o uso de cerol é proibido, por meio da lei nº 8478/19. “A legislação proíbe a comercialização, o uso, o porte e a posse da substância constituída de vidro moído e cola, além da linha chilena, encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio, e de qualquer produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elementos cortantes”.
A lei prevê ainda que, em caso de ocorrência de acidentes provocados pela linha com cerol, o infrator será conduzido à Delegacia de Polícia Civil para lavrar o auto de flagrante e aplicação da multa administrativa e o material encontrado será apreendido e conduzido para imediata perícia a ser realizada pela Polícia Civil e posterior destruição. O valor da multa é de 100 UFIRs em caso de flagrante utilização, compra, transporte, manuseio ou posse dos materiais elencados no caput desta lei, ainda que para fins recreativos. Em caso de infrator menor de idade, a multa deverá ser aplicada por órgão competente ao seu responsável legal; em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado, não podendo ultrapassar o limite de 400 UFIRs.
Esta é quarta garça socorrida neste ano pela corporação, com ferimentos provocados pelo material cortante.
PERIGO
A linha com cerol representa riscos não somente as aves, mas também a população. O cerol é uma mistura de vidro moído com cola aplicada na linha de empinar pipa a fim de romper a linha de outras pipas que estejam no ar. Além de afetar os animais, a mistura pode provocar cortes profundos e até matar seres humanos, principalmente quando atinge a artéria carótida, na região do pescoço.
CONSEQUÊNCIAS
Geralmente, os ferimentos causados pelo cerol de pipa são graves, principalmente nas asas das aves. Na maioria das vezes, é preciso fazer a amputação completa do membro atingido. As aves que sobrevivem aos cortes e amputações ficam com sequelas para o resto da vida. Sendo assim, são poucos os animais feridos que conseguem voltar à vida livre, tendo de viver para sempre limitados em cativeiro.
NINHOS TAMBÉM SÃO ATINGIDOS- Não é somente em pleno voo que as aves são atingidas pelo cerol. Há espécies que constroem seus ninhos com qualquer material que encontrem no ambiente, como é o caso das araras azuis e papagaios. Se no ninho houver linhas com cerol, os filhotes o desenvolvimento dos filhotes pode ficar comprometido em meio ao emaranhado, que pode causar sérios ferimentos e gangrenas, resultando na amputação de um membro.
COMO AJUDAR
Se você encontrar uma ave ferida por linhas com cerol ou outro tipo de material cortante acione a Secretaria de Meio Ambiente, através dos telefones (24) 2106-3406 ou 2106-3408, de 8 às 17 horas. As chamadas podem ser feitas todos os dias, inclusive fins de semana e feriado. Após esse horário, as chamadas devem ser efetivadas para o disk denúncia da Guarda Municipal, nos telefones (24) 3028-9369/ 32028-9339. A sede da Secretaria de Meio Ambiente fica no 4º andar da Prefeitura, situada à Rua Luis Ponce, 263, Centro.