BARRA MANSA
A utilização das máscaras como prevenção a Covid-19 já se tornou comum e o uso dela já é obrigatório em muitas cidades e locais de trabalho. O médico dermatologista de Barra Mansa, Ocário Marcondes, que também é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destacou que o tamponamento (abafamento) da máscara pode causar o aumento de acne, rosácea, dermatite seborreica e até mesmo alergia, que é o caso mais frequente. Segundo o especialista, quem já tem predisposição para esses problemas de pele, deve ficar atento e tomar alguns cuidados.
Segundo explicou Ocário, o abafamento da máscara aumenta a umidade da região por causa da respiração, estimula a glândula sebácea a produzir mais oleosidade e isso leva há um desequilíbrio na flora natural da pele do rosto, alterando o microbioma. Ele destacou ainda que atualmente são confeccionadas máscaras com diversos tipos de materiais e orientou que a de algodão é a melhor escolha. “As mais sintéticas podem causar irritação na pele”, disse, acrescentando que o emocional também pode provocar tais problemas. “O emocional desencadeia alterações hormonais, principalmente em mulheres, por isso, diante do quadro de epidemia, as pessoas podem também ter, por exemplo, um aumento de acne”, destacou.
DICAS PARA A PELE
O dermatologista destacou alguns pontos importantes para quem deseja ter um cuidado maior com a pele durante este período. Ele conta que é recomendável retirá-la por alguns momentos, quando tiver a oportunidade, para deixar a pele respirar, porém, sempre seguindo os cuidados para a não contaminação. É importante que a pessoa retire a máscara assim que chegar em casa e higienize o rosto”, disse.
Para lavar o rosto, o médico destacou que o recomendável é que a água esteja no máximo morna, mas nunca quente. “A máscara também não substitui o protetor solar. Não apenas pacientes com a pele sensível, mas qualquer um deve usar o protetor” alertou.
Para as mulheres, o especialista aconselha o demaquilante sempre que passar maquiagem. “Tudo que pode ficar de resíduo na pele, somado ao tamponamento físico da máscara, pode causar o aparecimento dessas lesões nas pessoas que tem predisposição”, afirmou.
E para a higienização do rosto, Ocário recomendou que a pessoa use um sabonete específico para seu tipo de pele (oleosa, seca, mista ou normal). “Lembrando que o recomendável é lavar com esse sabonete no máximo duas vezes ao dia, senão ao invés de melhorar, pode dar efeito rebote e piorar”, finalizou.