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Metalúrgicos demitidos da CSN reivindicam pagamento da PPR

Por Idel Pinheiro
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VOLTA REDONDA

Trabalhadores demitidos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recentemente seguem em busca de todos os direitos trabalhistas, alegam que a Companhia não realizou o pagamento de valores do Programa de Participação de Resultados (PPR). Um grupo de metalúrgicos desligados da empresa denunciou ao A VOZ DA CIDADE que o recurso foi pago como abono e esperam o pagamento da PPR.

A situação foi questionada por eles junto ao Departamento de Recursos Humanos da CSN e também registrada com queixa no Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. No momento, Sindicato e CSN tentam um acordo para elucidar a situação.

Parte do grupo de trabalhadores demitidos entrou em contato com o A VOZ DA CIDADE e confirmou que não recebeu a PPR. Eles esperam uma solução para o que consideram ser uma injustiça da empresa. “A CSN não pagou a PPR por motivo de considerar como um simples abono, acho que sendo abono ou não, ela não deveria fazer isso, ainda mais numa época de pandemia. E tem outra, trabalhamos durante todo o ano de 2019, temos direito a PPR. A empresa rica como essa está sendo incorreta com a gente. Por isso, estamos pedindo o apoio do sindicato e levando o caso ao conhecimento da imprensa, cobrando apenas o nosso direito”, disse um trabalhador que optou em não se identificar.


Outro trabalhador prejudicado alega que a CSN apresentou pra ele a justificativa que tudo já esta acertado como abono. “O valor da PPR é equivalente a um salário mensal do trabalhador, conforme sua atividade, graduação dentro da empresa. É um direito e mesmo demitidos temos que receber esse valor, uma quantia que nesse momento de crise da pandemia faz muita diferença para qualquer um”, frisa. Também desligado da CSN, um terceiro metalúrgico que também optou pelo anonimato, reclamou da mesma situação. “Fui demitido em abril e os demais colegas na mesma situação ouviram do RH da empresa que não teremos o direito de receber a PPR, porque agora pagam como abono. Isso é uma diferença imensa em desfavor do funcionário. A PPR é lei, consta na convenção coletiva e trabalhamos o ano de 2019 inteiro. Todos nós contávamos com esse pagamento”, argumenta.

SINDICATO TENTA NEGOCIAÇÃO

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense informou ao A VOZ DA CIDADE que a entidade busca uma solução com a CSN. A assessoria do sindicato frisou que, após uma reunião virtual, o presidente do sindicato, Silvio Campos, apresentou os fatos e pediu agilidade para o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, sobre o pagamento da PPR dos metalúrgicos demitidos. “A informação é que a CSN fará um esforço para obter recursos, levantar valores devidos aos trabalhadores nesta situação. Porém, não há no momento uma posição definitiva”, frisou o sindicato.

Procurada pela reportagem, a Companhia Siderúrgica Nacional confirmou através de sua assessoria de imprensa que não vai comentar o assunto.

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