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Índices de acidentes domésticos podem aumentar durante isolamento social

Por Franciele Aleixo
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RESENDE

Durante este período de isolamento social em que as famílias estão resguardadas em casa é necessário redobrar os cuidados com crianças e idosos, os dois maiores públicos de risco de acidentes domésticos.

Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio Resende, Alana Corrêa, o ambiente físico é um dos fatores mais importantes a se observar na prevenção destes acidentes. “Um dos fatores que podem contribuir para isso é a má conservação em residências, como fiação elétrica, tubulação ou gás representam um grande perigo para crianças, por exemplo. A cozinha é o lugar mais perigoso para elas, pois é nela que queimaduras, cortes ou intoxicações podem ocorrer”, destaca Alana.

Segundo a coordenadora da Estácio, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda, por exemplo, que o botijão de gás fique do lado de fora das casas, em local escondido das crianças. “Materiais de limpeza devem estar fora do alcance dos pequenos, assim como objetos cortantes, como facas, louças de vidro, espetos, entre outros. Estes utensílios devem ser guardados em armários ou gavetas com trancas”, enfatiza.


Ainda sobre o cuidado com as crianças, segundo Alana, cosméticos e medicamentos, por exemplo, devem ser mantidos longe do alcance dos pequenos. Pisos de banheiro devem estar sempre seco e com tapetes antiderrapantes. Outra medida eficaz é utilizar protetores para tomadas da casa, além das janelas, que devem ter proteção de telas ou grades.

Quedas são mais frequentes entre idosos

Já em relação aos idosos, as quedas são mais frequentes. Segundo Alana, que é especialista em ginecologia e obstetrícia, dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) apontam que um terço dos idosos acima dos 65 anos sofre, a cada ano, pelo menos uma queda.
Para evitar este tipo de acidente ela enumera alguns fatores de risco. “Iluminação insuficiente nos cômodos, superfícies irregulares, pisos escorregadios, objetos espalhados na área de circulação, tapetes soltos, móveis instáveis, camas altas, sofás, cadeiras e vaso sanitário baixo e prateleiras de difícil alcance, são alguns fatores que podem causar quedas dentro de casa”.

Além disso, o uso de calçados ou chinelos mal adaptados aos pés, com solado escorregadio ou que estejam em más condições, assim como, bengalas e andadores inadequados ou mal adaptados, também podem provocar quedas. “Para a prevenção, o mais importante é adequar a casa e mantê-la segura, e essas adequações são contínuas, conforme as alterações das condições de saúde da pessoa idosa”, conclui.

 

 

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