CSN recorre ao MTE para negociar turno de 8 horas na UPV e nova proposta será levada à votação nesta quinta-feira

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Depois de algumas reuniões e apresentações de propostas para a implantação do turno de oito horas, na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recorreu ao Ministério do Trabalho e Emprego (MPE). E depois de nova reunião realizada nesta terça-feira, 22, intermediada pelo representante do MPE, Luiz Felipe M. de Assumpção, Sindicato e empresa chegaram a uma proposta para a mudança da jornada do turno ininterrupto de revezamento.
Vale lembrar que, na reunião passada, na quinta-feira, 16, a direção do Sindicato reafirmou sua posição, recusando a proposta na mesa, já que para os sindicalistas, é condição primordial que a empresa assuma o compromisso de manter os empregos. Pois, com o fim de uma letra, estariam em risco cerca de mil empregos. Neste mesmo dia, o Ministério Público encaminhou ao Sindicato algumas recomendações no sentido de preservar os trabalhadores.
Segundo informou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Silvio Campos, embora a empresa tenha melhorado o valor da compensação financeira, não dá para o Sindicato aceitar as demissões que possam vir. Ainda mais, de acordo com o sindicalista, em um contexto de instabilidade financeira e desemprego que o País enfrenta. E na mesa redonda, após amplo debate, os participantes chegaram a uma proposta, que será levada à votação nesta quinta-feira, 23, das 6 horas às 18h30min, na Praça Juarez Antunes, bairro Vila Santa Cecília.
A PROPOSTA
Em nota, após a reunião com o Sindicato, a CSN informou que a proposta apresentada é o seu esforço máximo para se manter alinhada com o momento de crise atravessado pelo setor siderúrgico e que por isso, não é possível avançar mais. Os representantes da empresa também esclareceram que a implantação do turno de revezamento de 8 horas, pelo prazo de dois anos, é fundamental para alavancar a produtividade da UPV e garantir a sua viabilidade operacional.
A proposta contempla o pagamento de abono de R$ 3.500 em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 2 mil até cinco dias úteis após a aprovação da proposta, e a segunda e última parcela de R$ 1.500 junto com o pagamento de maio de 2018 aos colaboradores que estejam trabalhando no novo turno, nas datas do crédito. Os colaboradores do novo turno também receberão crédito extra de R$ 500 em seu Cartão Alimentação no dia 15 de dezembro deste ano.
Entre os itens apresentados pela empresa, também estão previstos a possibilidade de que os próprios colaboradores do turno escolham a escala de trabalho, conforme as opções que poderão ser colocadas à disposição, inclusive com a opção de escala 4×1/ 4×1/ 4×2 com folga de 80 horas, atendimento do pleito do Sindicato para que os próprios trabalhadores escolham os horários de turno, em qualquer uma das opções haverá uma hora de intervalo para refeição e descanso, o compromisso de que um ano após a implantação do turno de 8 horas, ocorra uma nova escolha ou revalidação da escala e horário escolhidos, a não redução de postos de trabalho em razão da implantação do turno, com a empresa mantendo apenas seu turno normal.

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